"O
levantamento da Lava Jato, que analisou documentos de oito investigações em que
também houve escutas telefônicas, indicou que somente no caso do ex-presidente
os áudios dos telefonemas grampeados foram anexados aos autos e o processo foi
liberado ao público sem nenhum grau de sigilo", aponta reportagem da Vaza
Jato
247 – Um novo capítulo da Vaza Jato, revelado neste domingo
em reportagem de Ricardo
Balthazar, da Folha, e Rafael Neves, do Intercept, revela que o ministro Sergio
Moro, da Justiça, quebrou seu próprio padrão de atuação, ao divulgar áudios do
ex-presidente Lula.
"Um levantamento feito pela Operação Lava Jato em 2016 e
nunca divulgado põe em xeque a justificativa apresentada pelo ministro Sergio
Moro quando era o juiz do caso e mandou retirar o sigilo das investigações
sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)", aponta a reportagem.
Na época, Moro
disse que apenas seguira o padrão estabelecido pela Lava Jato, garantindo ampla
publicidade aos processos que conduzia e a informações de interesse para a
sociedade. Mas uma pesquisa feita pela força-tarefa da operação em Curitiba
concluiu que o procedimento adotado no caso de Lula foi diferente do observado
em outros casos semelhante.
"O levantamento da Lava Jato, que
analisou documentos de oito investigações em que também houve escutas
telefônicas, indicou que somente no caso do ex-presidente os áudios dos
telefonemas grampeados foram anexados aos autos e o processo foi liberado ao
público sem nenhum grau de sigilo. Nos outros exemplos encontrados pela
força-tarefa, todos extraídos de ações policiais supervisionadas por Moro na
Lava Jato, o levantamento do sigilo foi restrito", aponta a reportagem.
Em resposta, Moro acusou a Folha de fazer
sensacionalismo.
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