Ministro
do STF Alexandre de Moraes deu um prazo de 15 dias para que a PGR se manifeste
em dois pedidos para que Jair Bolsonaro e o filho dele, o vereador Carlos
Bolsonaro (PSC), sejam investigados por suposta obstrução de Justiça nas
investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco
Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF) |
Reuters - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), deu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da
República (PGR) se manifeste em dois pedidos para que o presidente Jair
Bolsonaro e o filho dele, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC),
sejam investigados por suposta obstrução de Justiça nas investigações a
respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no ano passado.
“Abra-se vista à
Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias”,
disse Moraes em despacho publicado nesta terça.
Os pedidos apresentados pela Associação
Brasileira de Imprensa e pelo PT têm como base o fato de Carlos Bolsonaro ter
dito que acessou as gravações da portaria no condomínio Vivendas da Barra, no
Rio de Janeiro, onde mora um dos acusados do assassinato da vereadora.
Um porteiro do condomínio —onde Bolsonaro
e seu filho também têm casa— disse inicialmente à Polícia Civil que “seu Jair”
autorizou, no dia 14 de março de 2018, a entrada do ex-policial militar Élcio
de Queiroz no local. Élcio e o policial reformado Ronnie Lessa, também morador
do condomínio, respondem pelo assassinato da vereadora.
O presidente, contudo, não estava no local
no dia da morte de Marielle —estava na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Posteriormente, o porteiro recuou de seu depoimento inicial e disse ter se
enganado.
Reportagem de Ricardo Brito
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