A PGR começa a infringir a Lei de Acesso à Informação e está negando
pedidos de dados e informações a que está obrigada a disponibilizar. É o padrão
Bolsonaro-Aras estabelecendo-se
(Foto: PR | Câmara dos Deputados) |
247 - A
Procuradoria Geral da República (PGR) sob o comando de Augusto Aras tornou-se
uma extensão do poder e do arbítrio de Jair Bolsonaro. Agora, passou a
desrespeitar a Lei de Acesso à Informação e começa a sonegar informações a que
está obrigada. Foi o que aconteceu com um pedido do UOL, que solicitou, com
base na lei, dados sobre os procuradores da Lava Jato.
O UOL solicitou à PGR informações sobre quantos
membros operação ainda se dedicam exclusivamente à força-tarefa e quantos
dividem seu tempo entre a Lava Jato e outros casos.
"A
reportagem não recebeu resposta da PGR, órgão que faz as designações de
trabalho para a operação", informa o jornalista Vinicius
Konchinski.
O primeiro pedido de dados
sobre a dedicação de procuradores à Lava Jato foi feito à PGR no dia 17 de
setembro, por meio do serviço de atendimento ao cidadão do MPF (Ministério
Público Federal) e jamais foi respondido, assim como os que se sucederam.
Atualmente, parte dos
integrantes da Lava Jato já não está integralmente focada em investigações
feitas pela força-tarefa. Hoje, só no Paraná, pelo menos três dos 15
procuradores que integram a equipe dividem seu tempo com atividades paralelas.
O que o UOL pretendia saber era apenas o detalhamento das condições de trabalho
dos procuradores e procuradoras vinculados à operação. Mas mesmo uma informação
tão banal foi sonegada ilegalmente.
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