Foto: Reprodução/Sesa-PR) |
O Paraná registrou
o primeiro óbito por dengue no período epidemiológico. A morte foi
registrada no município de Nova Cantu, localizado na região Centro-Oeste do
Estado. Uma mulher de 31 anos, apresentando quadro de anemia crônica, como
fator de risco. O óbito foi registrado no dia 17 de novembro. O novo período
epidemiológico começou em agosto deste ano e segue até julho de 2020.
“A situação da dengue no Paraná é grave e
a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta a toda a população para que adote
urgentemente as medidas preventivas da doença, com uma verificação detalhada
nos quintais, terrenos e ambientes internos das residências, eliminando os
pontos que acumulam água parada, que podem se transformar em criadouros do
mosquito da dengue. A maioria dos focos do mosquito está em ambientes
domiciliares e precisamos de uma ação urgente de toda a sociedade no combate ao
mosquito. Dengue mata”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O boletim semanal da dengue divulgado
nesta terça-feira (26) pela Sesa registra 330 novos casos confirmados. Deste
total, 135 foram apontados no município de Nova Cantu; 78 em Quinta do Sol, na
mesma região, e 25 em Cianorte, no Noroeste do Estado.
Do início deste período epidemiológico, em
28 de julho, até agora, o Paraná soma 1.564 casos confirmados. Na semana
passada eram 1.234; o aumento foi de 26,7%.
São 1.194 casos de dengue adquiridos na
cidade de residência, chamados de casos autóctones. E, 29 casos são
“importados”, que significa que a pessoa contraiu a doença fora da cidade onde
reside.
Alerta – Dez municípios estão em situação
de alerta para a dengue: Lindoeste, Juranda, Douradina, Indianópolis, São
Carlos do Ivaí, Flórida, Munhoz de Mello, Florestópolis, Leópolis e Uraí.
E sete municípios já estão no patamar de
epidemia: Nova Cantu, Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo,
Floraí e Uniflor.
As 22 Regionais de Saúde do Estado
registram notificações para a dengue, totalizando 11.308 no período monitorado.
Chikungunya – O Estado registra nesta
semana mais um caso de chikungunya, em Toledo. É um caso “importado”; a
paciente de 23 anos contraiu a doença na cidade de Natal, no Rio Grande do
Norte. O caso evoluiu para cura e a mulher passa bem.
São cinco casos de chikungunya no Paraná.
Os outros casos foram registrados em Araucária, Curitiba, Foz do Iguaçu e
Maringá. Todos são importados, ou seja, não foram adquiridos na cidade de
residência do infectado.
Orientação – O Governo do Paraná e a
Secretaria de Estado da Saúde desenvolvem várias ações de combate à dengue em
parceria com os municípios e orienta sobre os perigos da dengue, em campanha
veiculada em todo o Estado. “O recado principal é que a dengue mata e que a
eliminação de criadouros do mosquito “Aedes Aegypti”, transmissor da doença,
depende da participação de todos nós, não deixando acumular água parada. Os
locais mais comuns para a formação de criadouros ainda são os pratinhos de
vasos de plantas, pneus, garrafas, ralos, calhas, lajes, entulhos, lixeiras e
coletor de água das geladeiras e ar condicionado”, destaca Ronaldo Trevisan, da
Coordenadoria de Vigilância Ambiental da Sesa.
“Além destes pontos, é preciso também uma
vistoria minuciosa nas caixas d´água, cisternas e poços, tonéis e depósitos de
água e, inclusive, nas falhas de reboco das paredes, muros e fossas. Tudo deve
ser mantido limpo e fechado para não se transformar em criadouro. Temos que
acabar com esta situação endêmica no Paraná e evitar óbitos. O verão começa no
mês que vem e o número de pessoas doentes pode aumentar em todas as regiões
caso as medidas preventivas não sejam adotadas pela população”, complementa
Ronaldo Trevisan.
Período anterior – No período anterior, de
julho de 2018 a julho de 2019, o Paraná totalizou 22.946 casos confirmados
dengue e 23 óbitos. Os óbitos foram registrados em Londrina (9), Cascavel (4),
Paranavaí (3), Foz do Iguaçu (3), Maringá (2), Campo Mourão (1) e Cornélio
Procópio (1).
Fonte:
Bem Paraná
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