Após a
invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília, a ONU emitiu alerta em que
reafirma que "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das
embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países". Mas até agora
o governo Jair Bolsonaro não tomou nenhuma medida efetiva, apenas diz que não
reconhece a ação dos invasores
247 - Em alerta emitido após a invasão da embaixada
venezuelana em Brasília, a Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza que
todos os países têm a responsabilidade de proteger embaixadas estrangeiras em
seus territórios.
Em resposta ao
blog do colunista Jamil Chade, a ONU alerta que "todos os estados membros
são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos
em seus países, em linha com a Convenção de Viena".
Mas o governo de Jair Bolsonaro não tomou
nenhuma medida. Em um vídeo que circula nas redes sociais, Policiais Militares
estão dentro da embaixada dizem que não têm orientação do governo brasileiro
sobre o que fazer diante da invasão do escritório diplomático.
Um enviado do Itamaraty ao local,
identificado como Maurício Correia, também tem evitado declarar e informar aos
policiais o posicionamento do governo.
Nas redes sociais, o governo de Jair
Bolsonaro disse que não reconhecia a invasão e que não havia sido informado,
mas afirmou que tomaria "as medidas necessárias para resguardar a
ordem". No entanto, a postagem no Facebook foi apagada cerca de uma hora
depois. Mais tarde, Bolsonaro publicou em sua página no Twitter: "Diante
dos eventos ocorridos na Embaixada da Venezuela, repudiamos a interferência de
atores externos. Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem
pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena
sobre Relações Diplomáticas".
O Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, emitiu
nota. "Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem
tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; o
presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a
invasão da Embaixada da Venezuela", diz a nota.
Diplomatas nacionais e mesmo da região
demonstraram preocupação sobre o impacto que a ação poderia ter se não for
condenada pelo governo de Jair Bolsonaro. "Podemos estar vendo o início de
uma crise muito maior", alertou um diplomata andino,
na condição de anonimato ao jornalista Jamil Chade.
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