quarta-feira, 13 de novembro de 2019

ONU diz que Brasil deve proteger embaixada, mas governo Bolsonaro não toma nenhuma medida


Após a invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília, a ONU emitiu alerta em que reafirma que "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países". Mas até agora o governo Jair Bolsonaro não tomou nenhuma medida efetiva, apenas diz que não reconhece a ação dos invasores

247 - Em alerta emitido após a invasão da embaixada venezuelana em Brasília, a Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza que todos os países têm a responsabilidade de proteger embaixadas estrangeiras em seus territórios.
Em resposta ao blog do colunista Jamil Chade, a ONU alerta que "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países, em linha com a Convenção de Viena".
Mas o governo de Jair Bolsonaro não tomou nenhuma medida. Em um vídeo que circula nas redes sociais, Policiais Militares estão dentro da embaixada dizem que não têm orientação do governo brasileiro sobre o que fazer diante da invasão do escritório diplomático.
Um enviado do Itamaraty ao local, identificado como Maurício Correia, também tem evitado declarar e informar aos policiais o posicionamento do governo.
Nas redes sociais, o governo de Jair Bolsonaro disse que não reconhecia a invasão e que não havia sido informado, mas afirmou que tomaria "as medidas necessárias para resguardar a ordem". No entanto, a postagem no Facebook foi apagada cerca de uma hora depois. Mais tarde, Bolsonaro publicou em sua página no Twitter: "Diante dos eventos ocorridos na Embaixada da Venezuela, repudiamos a interferência de atores externos. Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas".

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, emitiu nota. "Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela", diz a nota.
Diplomatas nacionais e mesmo da região demonstraram preocupação sobre o impacto que a ação poderia ter se não for condenada pelo governo de Jair Bolsonaro. "Podemos estar vendo o início de uma crise muito maior", alertou um diplomata andino, na condição de anonimato ao jornalista Jamil Chade.


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