Na
tentativa de blindar Jair Bolsonaro, o ministro Sérgio Moro (Justiça) afirma
que vê indícios de fraude no inquérito que investiga a morte da vereadora
Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. "Não é um demérito das
autoridades estaduais, mas é uma avaliação objetiva de que o melhor para esse
caso seja a federalização", disse
247 - O ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vê indícios de fraude no inquérito
que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson
Gomes. A posição dele veio após o jornalista
Kennedy Alencar divulgar a notícia que a Polícia Civil do Rio
trabalha com a hipótese de envolvimento do vereador licenciado Carlos Bolsonaro
(PSC-RJ).
"Há 'um possível envolvimento
fraudulento do nome do presidente", disse ao Jornal da CBN.
"Vendo esse novo episódio em que se busca politizar a investigação
indevidamente, a minha avaliação [...] é que o melhor caminho é a
federalização", acrescentou. "Não é um demérito das autoridades
estaduais, mas é uma avaliação objetiva de que o melhor para esse caso seja a
federalização", disse.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG)
pediu a prisão preventiva de Carluxo. Leia a matéria publicada pelo Brasil 247:
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG)
sugeiru a prisão preventina do vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSL-RJ),
após o jornalista Kennedy Alencar afirmar na Rádio CBN que
Polícia Civil do Rio trabalha com hipótese nova, de envolvimento do parlamentar
no assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL).
"Quando um suspeito de assassinato
coage testemunha, porteiro por exemplo, desmancha provas, apagando postagens
das redes ou da telefonia da portaria e muda de endereço abandonando o serviço,
podendo preparar fuga, não é o caso de preventiva?", escreveu Correia no
Twitter.
Uma reportagem de Veja, publicada no
início deste mês, revelou o clima de hostilidade enmtre Carluxo e Marielle.
Segundo a matéria, em maio de 2017, um assessor da pessolista andava pelo
corredor mostrando o prédio da Câmara de Vereadores a dois amigos. Quando chegou
em frente ao gabinete 905, de Carlos, comentou que ali ficava o filho de um
deputado “ultraconservador” que beirava o “fascismo”. O vereador ouviu o
diálogoe, aos berros, começou a discutir. Marielle apareceu para acalmar a
situação. Desde então, o filho de Jair Bolsonaro passou a evitar até entrar no
elevador se Marielle ou assessores dela estivessem presentes.
As repercussões do
caso Marielle voltaram a ganhar destaque no noticiário após o Jornal
Nacional divulgar uma reportagem no final do mês passado com novas
revelações. De acordo com a matéria, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra
contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, Élcio
de Queiroz, um dos suspeitos do crime, entrou no local e disse que iria para a
casa do então deputado Jair Bolsonaro. Os registros de presença da Câmara dos
Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília naquele dia.
Segundo a Polícia Civil do Rio, o porteiro
que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (casa de Bolsonaro) não é
o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio
divulgado por Carlos Bolsonaro (veja aqui).
Marielle foi assassinada em março do ano
passado. A suspeita é de que o homicídio tenha ligação com o crime organizado.
A ex-parlamentar era ativista de direitos humanos e denunciava a violência de
policiais contra populações marginalizadas. Ela também chamava a atenção para a
atuação de milícias nas favelas.
No dia 14 de março
de 2018, o carro conduzido por Élcio de Queiroz onde também estava Ronnie
Lessa, de acordo com as investigações, perseguiu o veículo de Marielle por
cerca de quatro quilômetros e cometeram o crime em um lugar sem câmeras.
Um detalhe é que Élcio havia tirado uma
foto no Facebook com
Jair Bolsonaro, o que reforça a proximidade entre a família e os
milicianos.
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