Milhares
de pessoas participaram nesta quinta-feira (21) na Colômbia de uma jornada de
paralisação e protestos contra a política econômica e social do presidente Iván
Duque
Protestos na Colômbia (Foto: REUTERS / Luisa Gonzales) |
Sputnik
Brasil - As manifestações ocorreram nas principais cidades do país.
Ruas foram bloqueadas e houve alguns incidentes de vandalismo. As Forças
Armadas estão em alerta. A Colômbia é o quarto país da América do Sul é ter
grandes protestos contra o governo, após Equador, Chile e Bolívia.
De acordo com a
autoridade de migração colombiana, 24 estrangeiros, a maioria venezuelanos,
foram expulsos do país nas últimas semanas por planejar atos de
sabotagem.
Duque, que assumiu o poder no ano passado,
tem baixos índices de popularidade e não possui maioria no Congresso. Por isso,
a maioria de suas reformas não tem seguido adiante.
Sob pressão, o presidente garantiu que não
vai aumentar a idade de aposentadoria, elevar a contribuição previdenciária dos
trabalhadores, reduzir o salário mínimo e permitir que jovens recebam menos que
o salário mínimo. Mesmo assim, a população saiu em peso para as ruas. (Aqui)
Em Bogotá, estações de ônibus foram
bloqueadas e algumas depredadas. Também houve enfrentamentos entre a polícia e
manifestantes em alguns lugares. Em Cali, 14 ônibus e várias paradas de
coletivos foram destruídos. Além disso, sete policiais teriam ficado feridos. O
prefeito da cidade decretou toque de recolher.
Estudante pedem
mais recursos; indígenas, proteção
O presidente da Central Unitária dos
Trabalhadores, Diógenes Orjuela, disse, segundo publicado pela agência Reuters,
que os protestos têm raízes mais profundas do que as reformas trabalhista e
previdenciária: "Existem muitos acordos não cumpridos com os indígenas,
com os professores, com os trabalhadores estatais".
Os estudantes pedem mais recursos para a
edução, enquanto os indígenas exigem medidas de segurança contra os
assassinatos de seus dirigentes e líderes sociais por grupos armados ilegais.
Além disso, grupos pedem mais compromisso de Duque na implementação do acordo
de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), assinado há
três anos após mais de 50 anos de conflito.
Duque disse que respeitava as
manifestações e a greve, mas que algumas demandas eram injustas. "Muitas
pessoas pensando em pescar em rio revolto [expressão colombiana que
significa tirar proveito de alguma situação crítica] apelaram para mentiras e
falácias para exacerbar sentimentos sociais", afirmou.
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