Lula está em liberdade após 580 dias preso. (Marcelo Chello/Folhapress) |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está livre.
O alvará de soltura foi expedido pelo juiz Danilo Pereira Junior, titular
da 12ª Vara Federal de Curitiba, foi enviado às 16h15 desta sexta-feira
(8) e o petista pode sair do prédio da Polícia Federal a qualquer momento. Uma
multidão está no local e aguarda pela saída do petista.
Danilo foi o responsável já que a
juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena de Lula, está de
férias até o dia 22 deste mês.
O pedido da defesa do ex-presidente estava nas mãos
do juiz desde às 12h50. O advogado Cristiano Zanin, protocolou o pedido de
liberdade por volta das 11h30, após se reunir com Lula.
A expectativa é que Lula se reúna com os
integrantes da Vigília Lula Livre. A reportagem apurou que o presidente quer
agradecer todos que aderiram o movimento nesses 19 meses.
Depois, é possível que Lula faça um discurso para
seus apoiadores. A partir daí, existe a possibilidade que ele vá para São Paulo
se encontrar com sua família.
Os apoiadores do ex-presidente fizeram um corredor
humano para esperar sua saída. Todos usam camisetas vermelhas – a maioria com o
rosto de Lula estampado. Entre as pessoas ansiosas pela sua saída, está
Rosângela da Silva. A socióloga e funcionária da Itaipu é a namorada de Lula.
Multidão está no aguardo de Lula. (Angelo Sfair/Paraná Portal) |
LULA: PRESO HÁ 580 DIAS
Luiz Inácio Lula
da Silva foi preso no dia 7 de abril de 2018 e cumpriu pena na Superintendência
da PF (Polícia Federal) em Curitiba. Ele foi
condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso
triplex do Guarujá (SP).
A
primeira condenação foi feita pelo ex-juiz federal Sergio Moro, hoje ministro
da Justiça, e a pena fixada foi de 9 anos e 6 meses de prisão. Depois, o TRF-4
(Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aumentou a punição para 12 anos e 10
meses. Por fim, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) fixou a pena em 8 anos e
10 meses.
No caso
triplex, o ex-presidente foi acusado pela Operação Lava Jato de
receber propina da OAS por meio da construção e reforma de um apartamento no
Edifício Solaris, no Guarujá. Ao todo, a suposta vantagem chegava a R$ 2,2
milhões e teria saído de uma das contas de propina destinada ao PT. Em
contrapartida, Lula teria agido para favorecer a OAS em contratos com a
Petrobras.
Além
disso, o petista responde outras sete ações. Ele já foi condenado, em primeira
instância, no caso do sítio de Atibaia, que tratava sobre propinas pagas por
meio de reformas de melhoria.
DECISÃO DO
STF
Por 6
votos a 5, o STF decidiu, nesta quinta-feira (7), contra a execução provisória
de pena de prisão após condenação em segunda instância. O novo entendimento
afeta quase cinco mil presos, de acordo com dados do Conselho Nacional de
Justiça.
Segundo
um levantamento do MPF (Ministério Público Federal), a mudança de entendimento
do STF contempla 38 condenados em segunda instância no âmbito da Operação Lava
Jato. O ex-ministro José Dirceu e ex-executivos de empreiteiras são alguns
deles.
Fonte: Paranaportal
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