Geraldo Bubniak/AEN |
O Governo do Estado assinou, em conjunto
com o Governo Federal, nesta terça-feira (26), um decreto para a criação de um
grupo de trabalho que vai estudar o novo modelo de concessão de rodovias do
estado. Essa é a segunda etapa do processo de análise do projeto, que foi anunciado
em agosto. O custo dos estudos é de R$ 62 milhões, pagos pelo Governo Federal.
Somente após esse processo é que os editais serão formalizados.
Serão quatro mil e cem quilômetros de rodovias
estaduais licitadas dentro do novo pacote de concessões que o governo federal
deve lançar em 2021. Além das rodovias federais que formam o Anel de
Integração, com total de 2.500 quilômetros, que terão uma nova licitação, a
União vai licitar a concessão das estradas estaduais.
O secretário nacional de Transportes e Terrestres,
Marcello da Costa Vieira, explica o que já foi feito até aqui e o que está por
vir. “Um primeiro estudo para definir qual o escopo do projeto, quais as
rodovias entrarão no projeto. O projeto de concessão de rodovias é um projeto
longo, que leva dois anos”, disse.
A concessão das rodovias estaduais foi um pedido
feito pelo governo do estado. Foram incluídas no processo a PR-092, no norte
pioneiro, a PR-323, no Noroeste, e a PR-280, na região sudoeste, além de
abranger os trechos paranaenses das BRs 163, 153 e 476.
A expectativa, segundo Vieira, é no próximo ano
desenvolver os estudos de engenharia e de viabilidade do modelo de concessão.
“O que a gente vai fazer é uma análise do tráfego atual, projetar esse tráfego
para o período de projeto e verificar todas as interferências e melhorias que
tem que fazer na rodovia”, garantiu.
A concessão de rodovias paranaenses foi alvo
da Operação Integração – braço da Operação Lava Jato –
por fraudes nos contratos. São investigados os crimes de corrupção passiva,
organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A questão do pedágio também foi alvo de
investigação em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia
Legislativa.
De acordo com o Secretário de Infraestrutura e
Logística do Paraná, Sandro Alex, o objetivo é não repetir os erros de governos
passados e reduzir a tarifa, considerada abusiva. “Estamos combinando rodovias
estaduais e federais, que é um modelo único em um super lote com mais de 4 mil
quilômetros. Onde nós queremos repetir os erros, corrigir o que a população
entende como equivocado e fazer um projeto onde usuário vai pagar menos
tarifa”, afirmou.
As empresas que vencerem a licitação vão assumir os
trechos que atualmente são administrados pelas concessionárias Ecovia,
Ecocataratas, Caminhos do Paraná, Econorte, Viapar e Rodonorte. Pelo contrato
atual, assinado em 1997, as concessões acabam em novembro de 2021.
O polígono geométrico interliga Curitiba, Ponta
Grossa, Guarapuava, Cascavel, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Maringá, Paranavaí,
Londrina e Paranaguá.
Fonte:
paranaportal
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