"Diga
ao MAS que eles têm todo o direito de participar das eleições e que procurem um
candidato. Evo e Álvaro [García Linera, ex-vice-presidente], no entanto, não
estão qualificados para um quarto mandato", disse nesta quinta-feira (14)
a presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine Áñez, sem dar mais detalhes
A senadora boliviana Jeanine Añez se autoproclama presidente da Bolívia (Foto: Facebook/Divulgação) |
Agência Brasil - A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez afirmou
hoje que o ex-presidente Evo Morales não poderá disputar as próximas eleições,
mas que o partido dele, o Movimento ao Socialismo (MAS), está apto a concorrer.
"Diga ao MAS
que eles têm todo o direito de participar das eleições e que procurem um
candidato. Evo e Álvaro [García Linera, ex-vice-presidente], no entanto, não
estão qualificados para um quarto mandato", disse Jeanine Áñez, sem dar
mais detalhes.
Na terça-feira (12), depois de se declarar
presidente perante uma Assembleia Legislativa sem quórum, Jeanine disse que
convocará eleições, o mais depressa possível, e revogará a decisão do Tribunal
Constitucional que permitiu Morales e García Linera disputar o quarto mandato,
contrariando decisão expressa em referendo.
A Bolívia está mergulhada em profunda
crise política e social desde as eleições de 20 de outubro, que deram a vitória
no primeiro turno ao MAS, mas os resultados foram questionados pela oposição.
Gabinete de
emergência
Na noite passada, a presidente interina
nomeou um gabinete de emergência, com apenas 11 ministros, para iniciar a
transição após as pressões militares e policiais que levaram o então presidente
Evo Morales à renúncia, abrindo uma crise política que já causou 10 mortos e mais
de 500 feridos.
Horas antes, após seu primeiro discurso à
nação, Jeanine Áñez indicou os novos chefes militares, que serão liderados pelo
general do Exército Carlos Orellana, nomeado comandante das Forças Armadas.
Nas ruas de La Paz, prosseguem confrontos
entre simpatizantes do MAS e as forças de segurança.
A presidente interina nega que tenha
ocorrido golpe de Estado no país, ao contrário do que Morales vem denunciando
perante a comunidade internacional. Ele está asilado no México.
Fonte: Brasil 247
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