À frente
da legenda desde 2017, a deputada federal seguirá no cargo com a “missão de
fortalecer ainda mais caráter democrático e popular do partido”, conforme disse
em seu discurso no 7º Congresso do PT, em São Paulo
O 7º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, marcado pela participação ativa do ex-presidente Lula, chegou ao fim neste domingo (24) com uma disputa
democrática que reconduziu Gleisi Hoffmann à Presidência da legenda pelos próximos quatro anos.
Em seu discurso,
agradeceu o apoio dos filiados, das tendências e, principalmente, do
ex-presidente Lula e dos outros candidatos. “Quero
agradecer aos milhares de filiados, a todas as correntes do PT,
à Margarida Salomão, ao Valter Pomar e ao Paulo Teixeira. E agradecer ao presidente Lula pela
confiança depositada em mim”, declarou.
A presidenta deixou claro também qual será
a missão que norteará a sua gestão pelos próximos quatro anos: “O PT é um
orgulho para nós. Temos desafios e problemas para resolver, mas esta é uma
história de 40 anos ao lado do povo e isso ninguém conseguirá apagar.
Achavam que nos matariam, mas nós estamos bem vivos, de cabeça erguida e
prontos para a luta”.
A luta à qual se refere Gleisi tem duas
vias bem definidas. A primeira é reafirmar o PT como organização popular,
amplamente democrática e que dialoga com a plural e diversificada população do
país. A segunda, como tem sido desde o golpe 2016,
é barrar o avanço das políticas neoliberais que ganharam contornos extremamente
autoritários a partir da eleição do cada vez mais impopular Jair Bolsonaro.
“A situação que passa o Brasil hoje é
extremamente complicada, com uma pauta social e econômica trágica e contrária
aos interesses do povo. E é contra esses retrocessos que temos que lutar e nos
posicionar. É contra a retirada de direitos que temos que ser firmes. O
partido precisa estar organizado e com disposição política porque quando as grandes
manifestações ecoarem pelas ruas do país, teremos que estar preparados para
conduzi-las”, reiterou.
Olho no olho
Para realizar
tamanho enfrentamento, Gleisi não vê outra alternativa a não ser potencializar
aquela que é tida como a marca registrada do Partido dos Trabalhadores: o
trabalho de base e o contato direto com o povo brasileiro. Para tanto, lembrou
do que disse Lula durante seu discurso em São Bernardo do Campo, um dia depois
de deixar o cárcere político. “Lula deixou bem claro que temos, sim, que
polarizar. Somos o lado oposto de Bolsonaro. Estamos sempre ao lado do povo”,
esclareceu a presidenta.
Gleisi, no entanto, está convicta de que é
preciso ir além, voltar para as bases e olhar diretamente nos olhos da
população. “Em 2020, temos que estar fortes para disputar as eleições, falar
com o povo e defender nosso legado. Agora o momento está exigindo que tenhamos
uma organização popular forte dentro do PT. Redes sociais são importantes, mas
nada substitui o olho no olho com a população”.
Para colocar tal premissa em prática, a
presidenta pede empenho redobrado de todos os petistas para fortalecer as sus estruturas
internar. “Temos que reforçar nossas setoriais e nossas secretarias, temos o
desafio da nossa juventude, que quer saber como a gente pensa e está afim de
lutar, fortalecer a Secretaria de Combate ao Racismo, a nossa secretaria LGBT,
de Mulheres, de Cultura,
e todas as outras que se mostraram fundamentais para manter o partido sempre
forte. Mas podemos avançar ainda mais e é isso que vamos fazer. Vou dedicar
toda a minha energia e disposição para que isso
aconteça”.
Fonte: Agência PT
Nenhum comentário:
Postar um comentário