"O
povo está esperando de nós um posicionamento firme. O povo quer trabalho, quer
renda, quer condições de vida. Não pode ser um discurso moderado no sentido de
negociar os direitos do povo. Tem que ser um discurso ofensivo para falar com o
povo que está sofrendo", diz a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que está
sendo reconduzida à presidência do PT por mais quatro anos
247 – A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que está sendo
reconduzida para um mandato de mais quatro anos à frente do PT, defendeu que o
partido adote um discurso radical contra o governo de Jair Bolsonaro. "A
única forma é falarmos com o povo. E aí não é um discurso de moderação, é um
discurso radical contra a retirada de direitos", disse ela, em entrevista à jornalista
Thais Arbex, publicada na Folha de S. Paulo.
"O povo está
esperando de nós um posicionamento firme. O povo quer trabalho, quer renda,
quer condições de vida. Não pode ser um discurso moderado no sentido de
negociar os direitos do povo. Tem que ser um discurso ofensivo para falar com o
povo que está sofrendo", afirma. "O governo tem que sentir que tem
pressão popular. Não tem que ter medo de povo nas ruas. Um governo democrático
não teme manifestação."
Ela afrimou ainda que Bolsnaro tenta
combinar uma receita neoliberal com práticas autoritárias. O problema é que
hoje temos um governo que quer impor uma agenda neoliberal e quer usar, para
isso, o autoritarismo. Falam disso o tempo inteiro. Você quer que o povo passe
fome, passe dificuldade, não tenha emprego, não tenha dinheiro para pegar
ônibus e metrô e fique quieto? As pessoas têm que se manifestar. Isso quer
dizer que é manifestação pacífica, que é manifestação na democracia, mas tem
que mostrar para os seus governantes e representantes que elas não estão
satisfeitas."
Segundo ela, com a lberdade do
ex-presidente Lula, a oposição agora tem uma voz para dialogar com o povo.
"Agora, a oposição precisa de uma voz forte, de uma voz firme. Lula é a
única pessoa nesse país, pela liderança que tem, com capacidade de ter essa voz
firme e forte que reverbere os interesses do povo. Lula fala com a
população", afirma.
Lula e Haddad
De acordo com a deputada, Lula será o
candidato natural em 2022, se recuperar os direitos políticos. "Se ele não
tiver, nós temos outros nomes também, como o do Fernando Haddad, que cumpriu um
papel importante nas eleições e é depositário de 47 milhões de votos. Portanto,
é uma referência", afirma.
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