Investigação
envolve 18 políticos. De acordo com a Procuradoria Geral da República, o grupo
recebeu R$ 30 milhões em 2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito "para
fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff"
247 - Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o
ministro Luiz Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para apurar se o
ex-deputado federal Eduardo Cunha comprou votos para se eleger presidente da
Câmara dos Deputados.
De acordo com a
Procuradoria Geral da República (PGR), o grupo recebeu R$ 30 milhões no ano de
2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito "para fazer contraponto à então
presidente Dilma Rousseff".
As informações sobre possíveis
irregularidades na eleição foram reveladas na delação de Ricardo Saud,
ex-executivo da J&F. A investigação envolve 18 políticos.
De acordo com reportagem do
portal G1, da Globo, a decisão de Fachin foi assinada na semana
passada. Nesta segunda-feira 18, o caso deve ser encaminhado para a Presidência
do Supremo, representada pelo ministro Antonio Dias Toffoli, decidir sobre se
deve ir para um novo relator.
Como presidente da Câmara, Eduardo Cunha
deu andamento a um dos pedidos de impeachment contra Dilma, em 2 de dezembro de
2015, depois de não ter recebido apoio de deputados do PT contra a cassação de
seu mandato no Conselho de Ética. A versão já foi confirmada até pelo então
vice de Dilma, Michel Temer, que acabou assumindo a presidência após o
afastamento da presidente.
Em outra delação, de Lúcio Funaro, foi
denunciado que o próprio golpe contra Dilma Rousseff foi comprovado. Funaro
contou que repassou R$ 1 milhão para Cunha comprar votos de deputados no
processo do impeachment de Dilma Rousseff
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