segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Fachin abre inquérito para apurar se Cunha comprou votos para se eleger presidente da Câmara


Investigação envolve 18 políticos. De acordo com a Procuradoria Geral da República, o grupo recebeu R$ 30 milhões em 2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito "para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff"
Ministro do STF Edson Fachin e ex-deputado federal Eduardo Cunha


Ministro do STF Edson Fachin e ex-deputado federal Eduardo Cunha (Foto: STF | Agência Brasil)



247 - Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para apurar se o ex-deputado federal Eduardo Cunha comprou votos para se eleger presidente da Câmara dos Deputados.
De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), o grupo recebeu R$ 30 milhões no ano de 2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito "para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff". 
As informações sobre possíveis irregularidades na eleição foram reveladas na delação de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F. A investigação envolve 18 políticos.
De acordo com reportagem do portal G1, da Globo, a decisão de Fachin foi assinada na semana passada. Nesta segunda-feira 18, o caso deve ser encaminhado para a Presidência do Supremo, representada pelo ministro Antonio Dias Toffoli, decidir sobre se deve ir para um novo relator.
Como presidente da Câmara, Eduardo Cunha deu andamento a um dos pedidos de impeachment contra Dilma, em 2 de dezembro de 2015, depois de não ter recebido apoio de deputados do PT contra a cassação de seu mandato no Conselho de Ética. A versão já foi confirmada até pelo então vice de Dilma, Michel Temer, que acabou assumindo a presidência após o afastamento da presidente.
Em outra delação, de Lúcio Funaro, foi denunciado que o próprio golpe contra Dilma Rousseff foi comprovado. Funaro contou que repassou R$ 1 milhão para Cunha comprar votos de deputados no processo do impeachment de Dilma Rousseff 


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