Francischini: “Cobrei solução” (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados) |
Reportagem do jornal O Estado de São Paulo de ontem revelou
que o deputado federal paranaense Felipe Francischini (PSL), e outros
parlamentares do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) gastaram parte da
verba do chamado “cotão” a que têm direito para despesas do mandato com
empresas suspeitas de serem “fantasmas”. Segundo o levantamento, entre os meses
de maio e outubro, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
Felipe Francischin, contratou por R$ 45 mil a Look Estratégias e Marketing. No
endereço dela há uma placa de aluga-se. Segundo os vizinhos, o último inquilino
foi um consultório odontológico.
Além de Francischini, os deputados Fábio Schiochet (SC) e
Nereu Crispim (RS) também compraram os serviços da mesma empresa por R$ 12,5
mil e R$ 4 mil, respectivamente.
Os deputados Felipe Francischini, Nereu Crispim e Fabio
Schiochet, que contrataram a Look Estratégias e Marketing, alegaram que os
serviços vêm sendo prestados. “Em relação ao endereço, informo que cobrei
solução dos responsáveis da Look, e fui informado que a atualização foi
solicitada”, disse Francischini. Crispim contou que conheceu o representante da
Look “pelas dependências da Casa Legislativa”. A assessoria de Schiochet disse
que “o endereço da firma não é de responsabilidade dele”.
Lava
jato - Os deputados federais do PSL Julian Lemos (PB) e Heitor
Freire (CE) gastaram R$ 97 mil da verba indenizatória da Câmara para imprimir
panfletos e 70 mil informativos ao todo com um balanço dos primeiros meses de
mandato. No endereço da empresa que eles disseram ter tido o serviço prestado,
em Riacho Fundo (DF), funciona apenas um lava a jato. Não foram os únicos. O
Estado identificou que 20 dos 53 deputados do partido do presidente Jair Bolsonaro,
eleitos com o discurso de renovação da política, apresentaram à Câmara pedido
de ressarcimento de R$ 730 mil por serviços prestados por firmas que não
existem nos endereços informados nas notas fiscais.
Julian Lemos (PSL-PB) gastou R$ 63mil em uma gráfica que diz
funcionar num Lava Jato em Planaltina, no Distrito Federal.
Fonte: Bem Paraná
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