Deputado
Rogério Correia (PT-MG) fez referência ao caso Marielle Franco. "Quando um
suspeito de assassinato coage testemunha, porteiro por exemplo, desmancha
provas, apagando postagens das redes ou da telefonia da portaria e muda de
endereço abandonando o serviço, podendo preparar fuga, não é o caso de
preventiva?", questionou
247 - O deputado
federal Rogério Correia (PT-MG) sugeriu a prisão preventiva do vereador
licenciado Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), após o jornalista Kennedy Alencar afirmar
na Rádio CBN que
Polícia Civil do Rio trabalha com hipótese nova, de envolvimento do parlamentar
no assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL).
"Quando um suspeito de assassinato
coage testemunha, porteiro por exemplo, desmancha provas, apagando postagens
das redes ou da telefonia da portaria e muda de endereço abandonando o serviço,
podendo preparar fuga, não é o caso de preventiva?", escreveu Correia no
Twitter.
Uma reportagem de Veja, publicada no
início deste mês, revelou o clima de hostilidade entre Carluxo e Marielle.
Segundo a matéria, em maio de 2017, um assessor da pessolista andava pelo
corredor mostrando o prédio da Câmara de Vereadores a dois amigos. Quando
chegou em frente ao gabinete 905, de Carlos, comentou que ali ficava o filho de
um deputado “ultraconservador” que beirava o “fascismo”. O vereador ouviu o
diálogoe, aos berros, começou a discutir. Marielle apareceu para acalmar a
situação. Desde então, o filho de Jair Bolsonaro passou a evitar até entrar no
elevador se Marielle ou assessores dela estivessem presentes.
As repercussões do caso Marielle voltaram
a ganhar destaque no noticiário após o Jornal
Nacional divulgar uma reportagem no final do mês passado com
novas revelações. De acordo com a matéria, o porteiro do condomínio Vivendas da
Barra contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018,
Élcio de Queiroz, um dos suspeitos do crime, entrou no local e disse que iria
para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Os registros de presença da
Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília naquele
dia.
Segundo a Polícia Civil do Rio, o porteiro
que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (casa de Bolsonaro) não é
o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio
divulgado por Carlos Bolsonaro (veja aqui).
Marielle foi assassinada em março do ano
passado. A suspeita é de que o homicídio tenha ligação com o crime organizado.
A ex-parlamentar era ativista de direitos humanos e denunciava a violência de
policiais contra populações marginalizadas. Ela também chamava a atenção para a
atuação de milícias nas favelas.
No dia 14 de março de 2018, o carro
conduzido por Élcio de Queiroz onde também estava Ronnie Lessa, de acordo com
as investigações, perseguiu o veículo de Marielle por cerca de quatro
quilômetros e cometeram o crime em um lugar sem câmeras.
Um detalhe é que Élcio havia tirado uma
foto no Facebook com
Jair Bolsonaro, o que reforça a proximidade entre a família e os milicianos.
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