Jair
Bolsonaro fez referência aos áudios da portaria do seu condomínio que auxiliam
nas investigações do caso Marielle Franco. “O que eu fiz foi filmar a secretária
eletrônica com a respectiva voz de quem atendeu o telefone. Só isso, mais
nada", disse. O ocupante do Planalto havia dito que pegou a memória da
secretária eletrônica
247 - Jair Bolsonaro recuou neste domingo (3) e afirmou que não
pegou nem fez backup dos atendimentos da portaria do condomínio Vivendas da
Barra, onde está sua casa no Rio de Janeiro. Antes ele havia dito: “pegamos
toda a memória da secretária eletrônica”. O ex-policial Ronnie Lessa era
vizinho do ocupante do Planalto e atualmente está preso. Ele é acusado de ser
autor dos tiros que mataram em ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), em
14 de março do ano passado. O homicídio está ligado ao crime organizado.
“O que eu fiz foi filmar a secretária eletrônica com a
respectiva voz de quem atendeu o telefone. Só isso, mais nada. Não peguei, não
fiz backup, não fiz nada. E a memória da secretária eletrônica está com a
Polícia Civil há muito tempo. Ninguém quer adulterar nada, não. O caso
Marielle, eu quero resolver também. Mas querer botar no meu colo é, no mínimo,
má-fé e falta de caráter”, disse Bolsonaro na noite deste domingo (3), na saída
de uma partida entre Itália e Paraguai pela Copa do Mundo Sub-17 no Estádio
Bezerrão, no Gama, região administrativa do Distrito Federal.
Outro suspeito do
crime, Élcio Vieira de Queiroz, também acessou o condomínio e, segundo as
investigações, dirigia o carro em que estava Ronnie Lessa. Queiroz é o
mesmo havia postado no Facebook uma
foto ao lado de Bolsonaro.
Em nota, associações que representam
delegados de polícia repudiaram a declarações de Jair Bolsonaro que acusa a
polícia civil do Rio de Janeiro de manipular as investigações para
incriminá-lo. Para essas associações, o ocupante do Planalto tenta "inibir
a imparcial apuração da verdade", ao insinuar a adulteração de provas e
referir-se ao delegado que comanda o inquérito, Daniel Rosa, como
"amiguinho" do governador Wilson Witzel, do PSC-RJ (veja aqui).
Nenhum comentário:
Postar um comentário