A
CPI investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018
Convocada a depor na CPI das Fake News, Taíse de Almeida
Feijó foi demitida nesta sexta-feira, 1º, do cargo de assessora na
Secretaria-Geral da Presidência da República. A exoneração foi publicada no
Diário Oficial da União. A reportagem apurou que ela foi comunicada que
perderia o emprego na noite de quinta, 31.
Feijó trabalhou na
comunicação da campanha que elegeu Jair Bolsonaro no ano passado. Na época, ela
atuava na AM4 Inteligência Digital, empresa que prestou serviço ao então
candidato.
Ela
entrou para o governo no início do ano como assessora do gabinete do então
secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, demitido em fevereiro após
desentendimentos com o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho
do presidente.
A
convocação da agora ex-servidora do Palácio do Planalto na CPI das Fake News
foi solicitada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) e aprovada na reunião do dia 23
de outubro. O petista justificou o requerimento pelo fato de Feijó ter sido
citada em reportagens como responsável pela contratação de empresas que faziam
disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp, o que é vedado pela legislação
eleitoral.
A
CPI investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018.
Adversários tentam usar a comissão para encontrar irregularidades na campanha
que elegeu Bolsonaro. A oposição é maioria no colegiado e tem imposto
sucessivas derrotas ao governo.
Além
de Feijó, a CPI também aprovou a convocação de outros assessores de Bolsonaro
que atuam no Palácio do Planalto, como os integrantes do chamado "gabinete
do ódio". O termo é usado internamente no governo para se referir ao
núcleo composto pelos assessores especiais da Presidência Tércio Arnaud Tomaz e
José Matheus Sales Gomes, além de Mateus Diniz, lotado na Secretaria de
Imprensa. Os três são ligados a Carlos Bolsonaro.
Outra
convocada é Rebecca Félix, também ex-assessora da Secretaria-Geral da
Presidência, ligada a Bebianno, demitida do cargo há 15 dias. Félix coordenou
uma equipe de comunicação digital na campanha de Bolsonaro e foi responsável
pela atualização das redes sociais. Ela chegou a prestar depoimento em ação no
Tribunal Superior Eleitoral que investiga o disparo de mensagens em massa por
WhatsApp.
Procuradas
pela reportagem, Feijó e Félix não quiseram se manifestar. A Secretaria-Geral
da Presidência também não comentou as exonerações.
Fonte: Notícias ao
Minuto
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