"Não ouvi ele [Eduardo Bolsonaro] falar isso. Se falou,
tem de estudar como vai fazer, como vai conduzir. Acho que, se houver uma coisa
no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter. Mas até
chegar a esse ponto tem um caminho longo", afirmou o ministro do Gabinete
de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno
Em entrevista ao
jornal O Estado de
S. Paulo, o ministro -general disse que editar um “novo AI-5”, como
sugeriu o Eduardo Bolsonaro, é uma medida e ser avaliada, pois exigiria estudos
já que o “regime democrático” impõe que uma proposta como essa passe “em um
monte de lugares”.
De acordo com o jornal, Heleno deu a
entrevista sem saber das declarações de Eduardo Bolsonaro e ao ser informado
sobre a proposta, não repudiou a hipótese de um novo AI-5.
"Não ouvi ele [Eduardo Bolsonaro]
falar isso. Se falou, tem de estudar como vai fazer, como vai conduzir. Acho
que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma
coisa para conter. Mas até chegar a esse ponto tem um caminho longo", afirmou
o ministro e um dos principais conselheiros de Bolsonaro.
Quando o jornalista insistiu sobre sua
posição em relação a proposta de Eduardo sobre o AI-5, o general se irritou.
"Não vou comentar sobre isso. Não ouvi nada sobre isso. Isso aí para mim
não faz sentido, não ouvi sobre isso, ele (Eduardo) não comentou com a
gente", disse.
Antes, Heleno argumentou que as
afirmaçãoes de Eduardo foram por conta da "forte emoção com esse negócio
da TV Globo". "Tudo isso tem de ser considerado", disse ele. No
entanto, a entrevista de Eduardo ao canal de Leda Nagle foi dada na
segunda-feira, portanto, antes da reportagem do Jornal Nacional que menciona o
nome de Jair Bolsonaro no caso Marielle Franco.
"Essas coisas, hoje, num regime
democrático... é complicado. Tem de passar em um monte de lugares. Não é assim.
O projeto do (ministro da Justiça, Sérgio) Moro, fundamental para conter crime,
não passa. Fazem de tudo para não passar. O pessoal não quer, não quer nada que
possa organizar o País. Não quer dizer que isso vai organizar o País. Mas isso
aí não é assim, vou fazer e faz. Então, não tenho o que falar", comparou.
Heleno ainda aproveitou para criticar a
mídia. "Hoje em dia não acredito em nada da imprensa. A imprensa hoje eu
falo com muito receio que é tudo com segundas intenções, como uma coisa já
pensada. O telefonema (do Estado) já foi sobre algo que você quer uma resposta,
eu sei qual a resposta que você quer, não vou te dar essa resposta. Pode
escrever o que você quiser. Vocês estão tão desacreditados que pode escrever o
que você quiser", disse.
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