segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Paraná já realizou 17% mais Testes da Mãezinha em comparação aos dois últimos anos


Fepe

O Paraná ampliou o número de Teste da Mãezinha em 2019. De janeiro até 30 de setembro, 51.191 mulheres fizeram o procedimento para identificação de situações que podem levar risco à gestação e ao parto prematuro, a exemplo da doença falciforme e a talassemia. A coleta de sangue para o exame é recomendada a partir do primeiro trimestre da gravidez.
Já em 2018, foram atendidas 46.171. Em 2017, apenas 42.319 gestantes fizeram o teste. A evolução atualmente de mais de 8 mil pacientes para a prevenção de doenças ou intercorrências durante a gravidez representa um aumento de mais de 17% em comparação aos dois últimos anos.
O laboratório da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe) realiza e também contabiliza o Teste do Pezinho nos recém-nascidos paranaenses. Num serviço de referência, a entidade vem atuando de forma integrada e oferece além da verificação de possíveis doenças, um programa de monitoramento e amparo que vai desde o manejo clínico até a oferta da estrutura de ensino para 320 alunos com alguma deficiência.
Por mês, cerca de 15 mil crianças nascem no Estado. Desde 1987, quando o monitoramento por meio do teste laboratorial foi instituído, cerca de 5 milhões de crianças passaram pela verificação, tanto da rede hospitalar pública quanto da privada.
O procedimento aponta ao menos seis doenças, que podem caracterizar algum tipo de deficiência intelectual ou mesmo uma rara, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e a fibrose cística, cujas consequências, se não tratadas, podem causar deficiência mental e morte prematura das crianças.
Nestes 33 anos, três mil testes foram positivos para algum tipo de patologia na tiragem neonatal. O Teste do Pezinho é feito nos hospitais da rede paranaense e ficam prontos em dois dias.
“São exames feitos em as todas as regiões do Paraná de crianças que têm o direito de fazer o teste. É um trabalho de uma enormidade, complexidade e um carinho muito especial. Certamente é uma missão e vem sendo cumprida, com dificuldades, mas aquilo que depender do governo, estamos fazendo possível para ampliar recursos para uma área tão importante, melhorando cada vez mais os índices”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A agilidade para a liberação dos resultados sinaliza ainda para o início do tratamento precoce, em caso de patologias. Para a farmacêutica e bioquímica Mouseline Torquato Domingos, coordenadora e gestora do laboratório da Fepe, o Paraná um pioneiro neste trabalho. “Temos um programa forte. É uma rede integrada de atendimento. E quando temos os resultados em dois dias, com muita qualidade, podemos já iniciar o tratamento e o acompanhamento nos recém-nascidos em até 10 dias. Com o aumento de Testes do Pezinho e da Mãezinha fica claro que estamos crescendo na cobertura do trabalho preventivo”, afirmou.
Referência – Em visita à Fepe na semana passada, juntamente com o diretor do Departamento de Apoio à Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Felipe Braga Cortes, Beto Preto destacou que o serviço laboratorial vem sendo ofertado para Santa Catarina. Desde 2016, os exames do estado vizinho são feitos no Paraná, totalizando, em média, 8 mil crianças ao mês neste período.
“A nossa Fepe está atendendo também o Teste da Mãe Catarinense e do pezinho. Isso nos deixou muito motivado, porque cumpre um papel importante pelo Paraná e que já virou referência para outro estado. Isso mostra o trabalho qualificado, com muita seriedade e preciso que vem sendo feito pelo laboratório, como consequência também de um apoio às gestantes e aos recém-nascidos”.

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