Ex-presidente
Lula afirma não estar interessado em discutir uma eventual ida para o semiaberto.
"Não quero progressão da pena, quero a minha inocência", continua.
"Antigamente, era mais fácil. Mandava esquartejar, salgar, pendurar no
poste. Cometeram a bobagem de me prender, cometeram a bobagem de me acusar,
agora vão ter que suportar esse peso aqui dentro"
Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247) |
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que está
mais interessado em discutir a condenação dele sem provas pelo ex-juiz Sérgio
Moro do que sobre a prisão em segunda instância. Ao comentar a possibilidade de
ir par ao regime semiaberto, ele diz que o problema não é a tornozeleira
eletrônica. "Não quero progressão da pena, quero a minha inocência",
continua.
"Não estou
reivindicando essa discussão de segunda instância. Não estou interessado nisso.
Eu estou interessado na minha inocência", diz ele ao site Uol na
sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR).
Na entrevista, Lula afirma não ter
"meio-termo" com ele. O que eles vão fazer? Antigamente, era mais
fácil. Mandava esquartejar, salgar, pendurar no poste. Cometeram a bobagem de
me prender, cometeram a bobagem de me acusar, agora vão ter que suportar esse
peso aqui dentro", diz.
O ex-presidente foi acuado de ter recebido
um apartamento como propina da OAS. "Se eu tenho um apartamento, alguém
tem que ter uma escritura, alguém tem que ter um recibo. O que não pode é
inventar uma mentira para poder me condenar", acrescenta ele.
De acordo com Lula, o" Supremo,
votando [contra a prisão em] segunda instância, estará apenas cumprindo aquilo
que está na Constituição, não estará fazendo um favor a ninguém".
"Você só ser preso depois que o processo ter transitado em julgado não é
favor a ninguém. É cumprir, pura e simplesmente, o que está na Constituição.
Quem quer apressar o julgamento é a Globo, motivando a opinião pública",
continua.
"Um ministro da Suprema Corte e um
juiz de primeira instância não devem se mover pela pressão da opinião pública.
Eles devem se mover pelos autos, perceber o que está no processo, se tem prova
ou não tem prova, se precisa condenar ou não condenar. Porque se não, vamos ter
que eleger promotor pela via direta. Não será mais escolhido por concurso",
complementa.
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