O novo
capítulo da Vaza Jato revela que os procuradores da Lava Jato usaram prisões
como instrumento para obter delações premiadas – e que a manobra contou não
apenas com o apoio do ex-juiz Sergio Moro como também de Teori Zavascki,
ministro do STF que morreu num misterioso acidente aéreo
(Foto: Lula Marques | STF) |
247 – "Procuradores da Operação Lava Jato convenceram um
ministro do Supremo Tribunal Federal a manter dois executivos da empreiteira
Andrade Gutierrez presos para garantir a colaboração da empresa e de seus
funcionários com as investigações sobre corrupção em 2016", aponta reportagem de Ricardo
Balthazar e Rafael Neves, na nova parceria entre Folha e Intercept. "A
iniciativa foi executada com apoio do então juiz e atual ministro da Justiça
Sergio Moro, cuja opinião os procuradores consultaram antes de levar a proposta
ao Supremo."
"O acerto com
a empresa previa que os dois sairiam da cadeia no Paraná e ficariam um ano em
prisão domiciliar, trancados em casa e monitorados por tornozeleiras
eletrônicas. Moro concordara em revogar as ordens de prisão preventiva que os
mantinham atrás das grades, mas faltava convencer Teori do plano", apontam
os jornalistas.
O ministro deu seu aval no dia 4 de
fevereiro de 2016 e pediu os nomes dos executivos presos. "Pq ele vai
travar os hcs aqui esperando vcs", escreveu o procurador Eduardo Pelella,
chefe de gabinete de Janot, ao dar a notícia ao coordenador da força-tarefa da
Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
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