O governo
Jair Bolsonaro enviou ao Congresso projeto de "liberalização cambial"
que abre as portas para a dolarização da economia. O projeto prevê que pessoas
físicas tenham contas em dólar. Trata-se de um passo dramático para a
recolonização do país
Foto: Isac Nóbrega/PR | Reuters) |
247 - O governo Jair Bolsonaro enviou ao
Congresso Nacional um projeto de lei de "liberalização cambial" que,
na prática, inicia a dolarização da economia brasileira. Contas
bancárias, salários e preços poderão ser dolarizados, enterrando de vez com a
soberania nacional. Todos os países que abriram mão de suas moedas e aderiram
ao dólar perderam sua soberania.
Segundo
a legislação em vigor, as operações em dólar pode ser feito apenas por bancos
com autorização para operar no mercado de câmbio. A proposta de Bolsonaro abre
espaço para que o BC autorize outros tipos de instituições a efetuar essas
operações. Atualmente, são 187 bancos autorizados a operar em câmbio. Pessoas
físicas poderão ter contas em moeda estrangeira. O projeto libera fintechs para
atuarem de forma independente no mercado de câmbio e praticamente libera a
compra de bancos brasileiros por estrangeiros.
A
proposta cria 26 artigos, vai revogar nove leis, uma medida provisória, cinco
decretos, além de 95 dispositivos. “Hoje alguns segmentos já podem ter conta em
moeda estrangeira”, afirmou o diretor de Regulação do Banco Central (BC),
Otávio Damaso, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7). “O projeto não
permite que pessoa física tenha conta em dólar. Isso não está no nosso radar de
curto prazo. Mas no médio/longo prazo sempre vamos estar abertos a fazer
aperfeiçoamentos”, acrescentou.
O
projeto permite que BCs estrangeiros e câmaras de compensação e custódia tenham
contas em reais e em moeda estrangeira no País. Bancos centrais de outros
países poderão investir em títulos públicos denominados em reais.
Também
estão autorizados empréstimos e financiamentos bancários a não residentes,
permitindo o financiamento de importadores de produtos brasileiros por bancos
brasileiros. O governo concede, ainda, maior liberdade para a gestão dos
recursos mantidos no exterior por exportadores.
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