O auditor
fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, preso nesta quarta-feira (2) em uma
operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, é o mesmo
auditor que chefiou a devassa nas contas do Instituto, que resultaram em
penalidades que ultrapassam os R$ 18 milhões
247 - O auditor fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, preso
nesta quarta-feira (2) em uma operação conjunta da Polícia Federal e do
Ministério Público Federal, é o mesmo auditor que chefiou a devassa nas contas
do Instituto, que resultaram em penalidades que ultrapassam os R$ 18 milhões.
Segundo matéria
publicada nesta manhã pelo UOL, Canal, que é supervisor de programação da
Receita Federal na Lava Jato, é apontado como líder da quadrilha. No total,
foram cumpridos 11 mandados de prisão.
O Instituto
Lula publicou uma nota sobre o caso:
Entre outubro de 2015 e abril de 2018, as
contas do Instituto Lula foram alvo de uma minuciosa devassa chefiada por Marco
Aurélio. Desde o início, o Instituto denunciou desde o início o uso político da
investigação. Em nota oficial publicada em 20 de agosto de 2016, denunciamos o
vazamento de dados e decisões da auditoria à imprensa antes mesmo que o
Instituto tomasse conhecimento. Ao mesmo tempo, sempre colaboramos com as
investigações, cientes de que não temos nada a esconder.
No entanto, após essa devassa, os
auditores disseram ter encontrado "desvio de finalidade" em valores
que somam cerca de R$ 365 mil em x anos. Entre os "desvios" estavam,
por exemplo, o pagamento da passagem de R$ 936 para um segurança que acompanhou
o ex-presidente no velório do vice-presidente José Alencar. Para os auditores,
foi uma despesa "que diz respeito exclusivamente ao interesse particular
do ex-presidente". Também foi considerado desvio o pagamento do intérprete
que acompanhou Lula quando o ex-presidente recebeu prêmio de doutor
honoris-causa na Bolívia. O Instituto a obrigação estatutária de preservar e
defender o legado do ex-presidente Lula.
Como resultado, a auditoria convocada pelo
fiscal preso hoje resultou numa multa impagável de mais de R$ 18 milhões, valor
quase 50 vezes maior do que o valor que os próprios auditores consideraram
desalinhado ao propósito do Instituto. Mais do que isso, a auditoria rendeu
diversos vazamentos e matérias na imprensa, que serviram para alimentar a
investida política e judicial contra o ex-presidente e o projeto de país que
tem nele seu maior símbolo.
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