Após o
STF abrir precedentes para a liberdade de Lula, a revista Veja entra em
desespero e publica um depoimento de Marcos Valério onde ele cita Lula como um
dos mandantes do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, morto em
2002
Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247) |
247 - Após o STF abrir
precedentes para a liberdade de Lula, em votação que ocorreu nesta quinta,
referente a execução da pena de prisão após a condenação em segunda instância,
a revista Veja entra em desespero e publica nesta sexta um depoimento de Marcos
Valério, condenado na ação penal 470, onde ele cita Lula como um dos mandantes
do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Conhecida por manchetes sensacionalistas e
por contribuir no ódio ao PT, a revista tem um histórico conhecido de manchetes
panfletórias, chegando ao ponto de, nas vésperas das eleições de 2014,
publicar fake news de Lula e Dilma.
A reportagem diz que "Valério contou
ao promotor que Ronan Maria Pinto, quando exigiu dinheiro para ficar calado,
declarou que não ia 'pagar o pato' sozinho e que iria citar o presidente Lula
como “mandante da morte” do prefeito de Santo André. Nas palavras de Valério,
Ronan ia 'apontá-lo como cabeça da morte de Celso Daniel”.
A reportagem segue com tom
sensacionalista: "Rapidamente, Valério se tornou o homem do dinheiro
sujo do PT e, nessa condição, cumpriu de missões prosaicas a estratégicas. Ele
conta que se reunia com o então presidente ao menos uma vez por mês. Palpitava
até sobre a indicação de ministros".
O
assassinato
Em 2002, Celso Daniel foi sequestrado após
jantar, na capital paulista, com o empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido
como Sérgio Sombra, suspeito de ser o mentor do homicídio. No retorno para
Santo André, os dois notaram que a Pajero de Sombra estava sendo seguida.
De acordo com o MP, três carros
perseguiram a Pajero, até o veículo parar devido a disparos. Celso Daniel foi,
então, forçado a entrar em outro carro. O corpo dele foi encontrado dois dias
depois em uma estrada de Juquitiba, na Região Metropolitana de São Paulo, com
sinais de tortura e oito tiros.
Sete pessoas foram acusadas pelo crime –
entre elas, Sombra – e seis já foram condenadas à prisão. Sombra, que faleceu
em 2016, respondia em liberdade devido a um habeas corpus concedido pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda não tinha sido julgado por causa de
recursos que seguem em andamento.
O promotor do caso Roberto Wider, disse
que a morte de Sérgio Gomes representou o fim do caso Celso Daniel porque todos
os demais integrantes da quadrilha foram submetidos a julgamento, foram
condenados e o processo não foi anulado com relação a eles. "Agora só
faltava ele, que era o mandante. Com a morte dele, extingue a punibilidade e o
processo tem fim.", informou o
Portal G1
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