O deputado
bolsonarista e evangélico Filipe Barros foi o cicerone de um grupo de católicos
para audiência com o Núncio Apostólico no Brasil – equivalente ao cargo de
embaixador do Vaticano -, cardeal Giovanni d’Aniello, para apresentar queixa
contra o arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz (foto).
O grupo católico londrinense, de direita,
lidera o movimento “Tirem o PT do altar”, acusa o arcebispo local de incentivar
a campanha “Lula livre”, de permitir pregações de esquerda nas paróquias e de
fazer aparelhamento político da Igreja na arquidiocese.
O cardeal d’Aniello recebeu um documento
com as denúncias, mas não fez nenhum juízo de valor a respeito de seu conteúdo.
Ao contrário, segundo o deputado Filipe Barros, o núncio apenas aconselhou o
grupo a se queixar perante seu próprio bispo.
O parlamentar também tem queixas pessoais
contra dom Geremias Steinmetz, que se negou a dar apoio ao movimento “Escola
sem partido” e ao combate à ideologia de gênero, projetos que apresentou quando
era vereador de Londrina.
Agora vice-líder
do PSL na Câmara Federal, indicado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, Barros,
embora presbiteriano, mostra simpatia pela campanha do grupo católico que,
entre outras iniciativas, espalhou em Londrina outdoors com o ‘slogan’ “Tirem o
PT do altar” e realizou rodadas de reza nas escadarias da catedral.
“Igreja não é palanque nem lugar para
discussão de ideologias”, disse o aposentado José Aparecido Ronchi, 66, um dos
líderes do grupo de insatisfeitos com a orientação do arcebispo Geremias Steinmetz.
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