segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Campanha de Bolsonaro descumpriu lei eleitoral, aponta reportagem investigativa


Reportagem investigativa de Gabriela Sá Pessoa demonstra que documentos internos do PSL, partido de Jair Bolsonaro, examinados pelo Vortex revelam que o partido bancou, sem declarar à Justiça Eleitoral como despesas de campanha, como determina a lei, parte expressiva dos gastos de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral à Presidência da República
(Foto: REUTERS/Diego Vara)

247 - A reportagem do Vortex traz informações contundentes sobre o pagamento de despesas da campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República não declaradas à Justiça Eleitoral, o que configura crime eleitoral. 
"O presidente repete com frequência que não usou recursos do PSL em sua campanha. Mas a análise do Vortex comprova agora que ao menos R$ 915,4 mil do dinheiro da legenda foram repassados a cinco empresas que relataram ter trabalhado para a campanha dele", indica a reportagem.  
O PSL descreveu ao TSE os valores pagos como gastos ordinários do partido, e não como despesas eleitorais. No entanto, um exame detalhado do Vortex em notas fiscais, contratos e emails internos da legenda – todos anexados à prestação de contas dela à Justiça Eleitoral – demonstra que essa descrição não corresponde à realidade dos fatos.  
Esta reportagem do Vortex revela que o PSL descumpriu a lei e demonstra com documentos que, ao contrário do que assevera Bolsonaro, dinheiro do fundo partidário bancou a campanha do presidente. 
Esses fatos indicam falta de transparência na campanha de Bolsonaro e no manejo das contas do PSL. Em tese, a descoberta desse caixa oculto pode ter consequências para o partido no TSE. Politicamente, a falta de transparência nas contas partidárias se tornou um elemento central na crise do PSL com Jair Bolsonaro.  


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