Embora a lista de
presença da Câmara dos Deputados no dia 14 de março, data em que teria se dado
a “visita” de Élcio de Queiroz ao condomínio onde mora Jair Bolsonaro para
buscar o ex-PM Ronnie Lessa para assassinar a vereadora Marielle Franco, aquela
sessão foi encerrada, sem votações que comprovassem a presença de deputados no
plenário.
Naquele dia 14 de março do ano passado,
Jair Bolsonaro havia comprado dois bilhetes aéreos com destino ao Rio, ambos
pela Gol: um o de código WQ2GUH, com destino ao Santos Dumont. Outro, de código
YG3JQI, dirigindo-se ao Galeão. O do Santos Dumont, no dia seguinte, foi
estornado, possivelmente por não ter sido usado.
Portanto, o nosso “capitão-presidente”
pode, facilmente, provar que não viajou para o Rio em horário compatível com o
de ter sido identificado pelo porteiro como o “seu Jair” que deu ordem de
entrada ao motorista do assassinato. Basta pegar um extrato do seu cartão de
fidelidade com o número do vôo em que pontuou.
Simples assim.
Melhor que culpar seu ex-aliado Wilson
Witzel, a que atacou lá da Arábia:
— Esse processo está em segredo
de justiça. Como chega na Globo? Quem vazou para a Globo? Segundo a (revista)
Veja, quem vazou foi o seu governador Witzel. Ele que explique. O que cheira
isso aqui? O que parece? Que ou o porteiro mentiu ou induziram o porteiro a
produzir falso testemunho. Ou escreveram algo no inquérito que ele não leu e
assinou embaixo em confiança ao delegado ou a aquele que foi ouvi-lo na
portaria.
Essa briga do Bolsonaro com a Globo me
parece o que o velho Brizola falava da luta entre “o Demônio e o Coisa-Ruim”,
onde o Inferno sempre vencia.
Mas parece que, desta vez, um dos dois vai
terminar cheirando a enxofre.
Fonte: Do Tijolaço
por Fernando Brito
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