Investigações
da Polícia Civil revelam que um dos suspeitos do assassinato da vereadora
Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi ao condomínio onde mora o
ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos crimes. Na portaria, o suspeito
teria dito que iria visitar Jair Bolsonaro, que também tem casa no local, mas
estaria em Brasília no dia. Com a revelação, inquérito deve ser levado ao STF
247 - Investigações sobre os assassinatos da vereadora
Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes revelaram que um dos
suspeitos dos crimes citou Jair Bolsonaro. Com isso, as investigações devem ser
levadas para o Supremo Tribunal Federal, por conta do foro privilegiado de
Bolsonaro.
Segundo revelações
do Jornal
Nacional na noite desta terça-feira (29), a Polícia Civil do
Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio na Barra da
Tijuca, na Zona Sul do Rio, onde Bolsonaro tem casa e o policial militar Ronnie
Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle.
O porteiro contou à polícia que, horas
antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio
de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado
Jair Bolsonaro. Mas os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram
que Bolsonaro estava em Brasília no dia.
Ainda de acordo com a reportagem do Jornal
Nacional, às 17h10 da data do crime, ele escreve no livro de visitantes o nome
de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o
visitante iria, a de número 58. Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista
do carro usado no crime.
O porteiro contou que, depois que Élcio se
identificou na portaria e disse que iria pra casa 58, ligou para a casa 58 para
confirmar se o visitante tinha autorização para entrar. Disse também que
identificou a voz de quem atendeu como sendo a do "seu Jair" – ele
confirmou isso nos dois depoimentos.
No registro geral de imóveis, consta que a
casa 58 pertence a Jair Messias Bolsonaro. O presidente também é dono da casa
36, onde vive um dos filhos dele, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSL).
Como houve citação ao nome do presidente,
a lei obriga o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação.
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