Jair
Bolsonaro afirma não ver uma eventual saída do ex-presidente Lula da prisão
política como fortalecimento da oposição ao seu governo. “A esquerda, no meu
entendimento, não tem futuro no Brasil num curto espaço de tempo”, disse ele,
emendando a resposta numa proposta de mudança do sistema eleitoral
(Foto: Esq.: Alan Santos - PR) |
247 - Diante da possibilidade de liberdade do ex-presidente Lula
da prisão política que beneficiou a sua eleição, Jair Bolsonaro tentou
minimizar o impacto sobre o seu governo. “A esquerda, no meu entendimento, não
tem futuro no Brasil num curto espaço de tempo”, disse.
Em meio à derrotas
do campo neoliberal na América Latina, Bolsonaro diz que "a esquerda no
Brasil está perante a opinião pública bastante desgastada" e, apesar das
acusações que pesam contra seus filhos e aliados, diz que "a corrupção foi
praticada de forma ampla, geral e irrestrita" pela esquerda. Ele emenda a
resposta com a velha cantilena de colocar sob suspeita o sistema eleitoral que
o elegeu ao longo de quase 30 anos de vida política.
"Mas o que a gente precisa fazer,
tenho conversado, é ter um sistema de votação onde se possa fazer uma auditoria
e onde o voto do João ou da Maria, uma vez colocado na urna ou de forma
eletrônica, ele possa, além de ser auditado, garantir para aquele eleitor que
foi contado para aquele candidato seu", afirma ele em entrevista ao jornal
O Estado de S. Paulo, Jair Bolsonaro .
"Vamos tentar para 2022, que seja,
auditar aí ou termos voto impresso em pelo menos metade das sessões no
Brasil", defende. Ao ser questionado se sera candidato á releição,
Bolsonaro diz que "talvez".
"Depende. A vida é sacrificante, não
vai pensar que eu estou felicíssimo. Nada sobe à minha cabeça, não tenho
orgulho. De vez em quando a Presidência parece um sonho, em outras horas um
pesadelo", declarou.
Bolsonaro tentou justificar a derrota em
emplacar o filho como embaixador do Brasil nos EUA, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), e colocá-lo como líder do PSL na Câmara, com o argumento
que de podia usar o cargo para comprar votos, pois tem uma “caneta Bic
poderosíssima”, mas não pretende usá-la em benefício próprio ou da família.
A declaração
contrasta com a afirmação que fez ao ser questionado sobre a indicação de
Eduardo Bolsonaro ao cargo de embaixador, em que disse que sempre daria o
"filé mignon" para os filhos.
“Temos ministérios, estatais, diretorias
de banco. Se eu quisesse, poderia usar isso aí para comprar alguns apoios. Mas
não pretendemos fazer isso. Não estamos fazendo”, disse Bolsonaro em resposta
às acusações de integrantes do PSL de “comprar votos” na Câmara para tornar o
filho líder da bancada.
Em meio ao retorno de Fabrício Queiroz,
ex-assessor do também filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
que aparece em novas gravações tratando sobre esquema de cargos em gabinetes em
Brasília, Bolsonaro disse que a briga que trava c om o seu partido, o PSL, não
é por dinheiro, mas para saber para onde estão indo os recursos públicos
destinados à legenda.
“Quero ter um partido onde eu tenha as ações, não é para mexer com Fundo
Partidário“, argumentou.
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