O
ex-ministro Aloysio Nunes, que teve papel decisivo no golpe de 2016, ao pedir
ajuda dos Estados Unidos para a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff, era
o coordenador das propinas do PSDB, segundo o novo capítulo da Vaza Jato. Braço
direito de José Serra, Aloysio foi poupado nas investigações e uma das
possíveis razões é o fato de ter adotado postura de total submissão aos
interesses americanos quando foi chanceler de Michel Temer
Tudo dominado: STF arquiva inquérito contra tucano Aloysio Nunes (Foto: Agencia Brasil/Antonio Cruz) |
247 – Um dos principais
articuladores do golpe de 2016 era também coordenador da propina do PSDB,
segundo aponta a nova revelação da Vaza Jato "Ao negociar acordo de
delação com a Lava Jato, a cúpula da empreiteira OAS descreveu o ex-senador e
ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira em papel central na coordenação de
pagamentos de propinas para campanhas do PSDB, entre elas a do senador José
Serra à Presidência da República, em 2010. Aloysio é citado em quatro capítulos
como solicitante de repasses em troca de liberação de dinheiro de obras da
prefeitura paulistana e do Governo de São Paulo para a empreiteira",
aponta reportagem de
José Marques, Felipe Bachtold e Paula Bianchi, feita em parceria pela Folha e
pelo Intercept.
"Léo
Pinheiro, ex-presidente da OAS, menciona Aloysio sempre como a pessoa que
solicita propina, seja para ele ou para Serra, nas campanhas de 2006 e 2010. Em
2006, Serra venceu a disputa ao Governo de São Paulo. Em 2010, disputou e
perdeu a Presidência, e Aloysio se elegeu ao Senado. Entre as obras ligadas ao
PSDB de São Paulo que o empresário cita como alvo de suposto desvio estão a
ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, o túnel da Radial Leste, a rodovia
Carvalho Pinto e a linha 4-amarela do Metrô. A delação aponta que parte do
dinheiro era entregue em espécie a indicados pelo ex-senador, que chefiou
pastas das gestões Serra tanto na prefeitura (Secretaria de Governo) quanto na
administração estadual (Casa Civil)", apontam ainda os jornalistas.
Braço direito de
José Serra, Aloysio foi poupado nas investigações e uma das possíveis razões é
o fato de ter adotado postura de total submissão aos interesses americanos
quando foi chanceler de Michel Temer. O tucano teve papel decisivo no golpe de
2016, ao pedir ajuda dos Estados Unidos para a derrubada da ex-presidente Dilma
Rousseff.
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