Pesquisa
Barômetro da Corrupção Global, realizada pela ONG Transparência Internacional,
aponta que a maioria dos brasileiros acha que a corrupção no país piorou com a
Lava Jato e o governo Bolsonaro. 54% da população acha que a corrupção piorou
no país nos últimos 12 meses -a pesquisa abrange os 3 primeiros meses de
Bolsonaro
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reuters) |
247 - Pesquisa Barômetro da Corrupção Global, realizada pela ONG
Transparência Internacional, indica que para a maioria dos brasileiros (54%), a
corrupção no Brasil aumentou nos 12 meses anteriores à realização da pesquisa
(entre março de 2019 e março de 2018). Portanto, no período-auge da Lava Jato.
A pesquisa abrange os três primeiros meses do governo Bolsonaro.
O levantamento aponta que a corrupção no governo é um grande
problema para 90% dos brasileiros. O relatório final destaca que nos últimos
oito meses “a estrutura anticorrupção no Brasil sofreu uma série de golpes” e
ressalta que o próprio Bolsonaro deu “pouca atenção a acusações de corrupção
contra membros do seu próprio gabinete”.
Ainda conforme o
documento, a transparência nas ações governamentais também foi alvo de ataques
pelo fato do governo Bolsonaro “tentar ampliar o escopo de informação
classificada” visando dificultar o acesso de dados por meio propostas para
alterar a Lei de Acesso à Informação. A ONG Transparência Brasil também destaca
que a nomeação para postos-chave de órgão que atuam no combate à corrupção –
incluindo a Polícia Federal e a Receita Federal – também são alvos de forte
pressão política.
O relatório observa, ainda, que o
Congresso é visto como a instituição mais corrupta pelos brasileiros (63%),
seguido pelos governos locais (62%) e pea figura do próprio presidente da
República (57%). Os jornalistas aparecem em último lugar, entre 11
instituições, com 23%, e as ONGs, com 36%. Estes últimos são alvos de ataques
constantes por parte do governo Jair Bolsonaro.
A 10ª edição da pesquisa Barômetro da
Corrupção Global entrevistou 17 mil pessoas de 18 países da América Latina e do
Caribe, e foi realizada entre janeiro e março deste ano. Em toda a região, mais
da metade dos entrevistados consideraram que a corrupção piorou nos últimos 12
meses e os governos não fazem o suficiente para coibir o problema.
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