João Paulo Vieira/APP-Sindicato |
Os deputados estaduais do Paraná rejeitaram em
primeiro turno a votação do projeto “Escola Sem Partido”, na noite desta
segunda-feira (16). A sessão na ALEP (Assembleia
Legislativa do Paraná), em Curitiba, registrou 27 votos contrários e 21 votos
favoráveis ao texto.
O projeto de lei teve autoria dos deputados Ricardo
Arruda (PSL) e Fernando Francischini (PSL), tendo como foco evitar o
“doutrinamento” ideológico por professores nas salas de aulas do Paraná.
Para combater essa prática, os parlamentares
planejam a inserção de cartazes nas escolas públicas e privadas do estado. Os
conteúdos desses materiais seriam baseados em quais limites os educadores devem
ter que se adequar nas salas de aulas.
Dentro desses limites estão discussões sobre
educação sexual e questões de gênero, além do compartilhamento de vertentes
ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.
Desde sua apresentação na Alep (Assembleia
Legislativa do Paraná) em 2016, o projeto dividiu parlamentares da casa.
Além disso, entidades públicas como a OAB-PR (Ordem
dos Advogados do Brasil, Seção Paraná), MPPR (Ministério Público do Estado do
Paraná) e APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Paraná) já se manifestaram contrárias ao projeto.
Para o deputado Professor Lemos (PT), as discussões
sobre conteúdos de educação básica devem ficar restritas as casas do
legislativo nacional.
“Não compete a Câmara de Vereadores e Assembleias
Legislativas fazerem alterações no currículo da educação básica brasileira e
muito menos no do ensino superior”, explicou Lemos.
Já para Arruda, a iniciativa do projeto é legal e
visa apenas defender a integridade dos alunos das escolas paranaenses.
“O que os professores tem que fazer, e os bons
professores já fazem, é dar aula sobre a matéria do currículo escolar e não
induzir o aluno a virar uma réplica dele”, defendeu Arruda.
Fonte: Paranaportal
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