Ministério
Público do Rio de Janeiro instaurou dois procedimentos, um criminal e um cível,
para apurar denúncias de contratações de funcionários fantasmas e a suspeita da
prática de "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro
(PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro. Suspeita é parecida com a que envolve o
irmão, senador Flávio Bolsonaro, que também teria feito uso de um esquema
semelhante por meio do ex-assessor Fabricio Queiroz
247 - O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou dois
procedimentos para apurar denúncias de contratações de funcionários fantasmas e
a suspeita da prática de rachadinha – apropriação indevida de salários de
servidores, no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair
Bolsonaro. A suspeita é semelhante a que envolve o senador Flávio Bolsonaro,
que também teria contratado funcionários fantasmas e feito uso de um esquema
parecido por meio do ex-assessor Fabricio Queiroz.
Segundo reportagem da revista Época, as investigações
foram abertas após a divulgação, em julho, de que Carlos teria contratado sete
parentes da ex-mulher de Jair Bolsonaro e sua madrasta, Ana Cristina Valle. Na
ocasião, dois deles teriam reconhecido que apesar de terem sido nomeados para
atuarem no gabinete jamais trabalharam no local. O MP-RJ também apura as
suspeitas de que ao menos outras três pessoas contatadas pelo parlamentar nunca
trabalharam na Câmara de Vereadores do Rio.
A investigação
criminal conduzida pelo MP está sob responsabilidade do procurador-geral de
Justiça, Eduardo Gussem, com apoio do Grupo de Atribuição Originária Criminal
(Gaocrim). A apuração sobre improbidade administrativa, que corre na esfera
cível, tramita na 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da
Cidadania da Capital.
Nesta segunda-feira (9), Carlos Bolsonaro pediu licença não remunerada da Câmara alegando a necessidade de tratar de “assuntos particulares”.
Nesta segunda-feira (9), Carlos Bolsonaro pediu licença não remunerada da Câmara alegando a necessidade de tratar de “assuntos particulares”.
O esquema investigado no gabinete de
Carlos Bolsonaro possui semelhanças com o que envolve o irmão, o senador Flávio
Bolsonaro e seu ex-assessor Fabricio Queiroz. As movimentações atípicas
acabaram por contar de um relatório do Coaf que identificou movimentações
financeiras atípicas de deputados estaduais, assessores parlamentares e agentes
públicos do Rio de Janeiro, que resultou na deflagração da Operação Furna da
Onça, um desdobramento da Lava Jato. Apesar da movimentação suspeita de R$ 1,2
milhão e de um depósito de R$ 24 mil na conta da primeira-dama, Michele
Bolsonaro, Tanto Flávio como Queiroz não figuraram dentre os alvos da operação
que levou à prisão 10 deputados estaduais fluminenses e outros 16 agentes
públicos implicados no esquema.
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