Coordenador da força-tarefa da Lava Jato aparentemente tinha noção da
ilegalidade de atos que realizava ou apoiava. Em um deles, sobre a redação de
uma minuta por uma procuradora para propor o impeachment de Gilmar Mendes,
conforme revela a nova Vaza Jato, alertou: "Ninguém pode ficar sabendo,
senão enfraquece"
247 - O
procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, alertou
para que 'ninguém ficasse sabendo' de um ato ilegal tramado por uma colega, a
procuradora Thaméa Danelon, com forte apoio seu, o que demonstra que,
aparentemente, ele tinha noção da ilegalidade da prática.
A ideia era redigir um
pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal,
para ser entregue pelo advogado particular Modesto Carvalhosa, conforme revelam
mensagens trocadas em maio de 2017 no aplicativo Telegram e divulgados em novo
capítulo da Vaza Jato nesta segunda-feira 16 por Reinaldo Azevedo.
Após
apoiar Thaméa, que contava ter recebido um pedido de Carvalhosa para que
minutasse o pedido de impeachment, Deltan Dallagnol alertou a procuradora, hoje
cotada pelo futuro procurador-geral da República, Augusto Aras, para chefiar a
Lava Jato em Brasília: "Ng pode ficar sabendo que olhamos se não
enfraquece".
"Vão dizer que é
vinganca pq soltaram Dirceu. Precisa sair da sociedade mesmo", completou
Dallagnol. "Entendi. Não falarei para ninguém de vc!!", prometeu a
procuradora.
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