A revista
Veja fez o que a Polícia Federal não conseguiu: encontrou o caixa do clã
Bolsonaro, o ex-PM Fabrício Queiroz. O coordenador do esquema de lavagem de
dinheiro que ocorria no gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa
do Rio, foi flagrado passando pela porta do Centro de Oncologia e Hematologia
do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no último dia 26. Atualmente, ele
mora no Morumbi (SP), mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo onde se encontra o
Einstein
(Foto: Reprodução (Veja)) |
247 - A revista Veja fez o que a
Polícia Federal não conseguiu: encontrou o caixa do clã Bolsonaro, o ex-PM
Fabrício Queiroz. O coordenador do esquema de lavagem de dinheiro que ocorria
no gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, foi flagrado
passando pela porta do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert
Einstein, em São Paulo, no último dia 26. Atualmente, ele mora no Morumbi (SP),
mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo onde se encontra o Einstein.
O sumiço dele não é por acaso. Está
envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que ocorria na Assembleia
Legislativa do Rio quando o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual.
Queiroz movimentou R$ 7 milhões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do
Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Queiroz
está tratando-se de uma neoplasia com transição retossigmoide, o mais comum
entre os tumores de intestino. A revista informa: "O ex-assessor de Flávio
Bolsonaro continua tendo acesso ao que há de melhor em termos de medicina para
esse tipo de tratamento no Brasil. Tome-se como exemplo a unidade visitada por
ele na segunda-feira 26. Inaugurado em 2013, o Centro de Oncologia e
Hematologia do Einstein consumiu investimento de 32 milhões de reais em
equipamentos. São quatro andares distribuídos por 6 500 metros quadrados.
Oferece consultas e serviços na área oncológica, como quimioterapia e
radioterapia. De acordo com uma pessoa próxima, Queiroz tem sofrido com novos
sangramentos. Na hipótese mais benigna, pode ser culpa de alguma lesão no
local, causada por tratamentos anteriores. Outra possibilidade, bem mais preocupante,
é a de que seja um sinal da volta do câncer". A reportagem de Veja
procurou o ex-caixa, mas ele recusou-se a falar.
De
acordo com a reportagem, "o entorno de Bolsonaro se refere à cúpula dos
poderes no Rio com termos como 'organização criminosa' e 'quadrilha'. Desde que
o caso eclodiu, bolsonaristas estão em campo para reunir informações
desabonadoras sobre promotores e juízes envolvidos na investigação. Em
conversas reservadas, Flávio costuma lembrar que, mesmo contra a vontade do
pai, carregou Witzel nas costas durante a campanha eleitoral. Graças a sua
ajuda, Witzel foi eleito e, uma vez empossado, retribuiu com traição. Tranquilo
em relação a seu sigilo bancário, o senador diz que a investigação frustrou
seus planos de trabalhar como um articulador do governo no Senado, deixando-o
numa posição defensiva. Apesar disso, ele não se coloca como o alvo
preferencial da suposta conspirata. 'Querem atingir meu pai' é um dos mantras
prediletos do primogênito. Flávio jura inocência e diz que não sabia da movimentação
financeira milionária de Queiroz. Ele acrescenta que ignorava que o então
assessor segurava parte dos salários dos colegas e que não tinha ciência nem
mesmo dos nomes de alguns dos funcionários de seu gabinete. A organização dos
trabalhos seria tarefa de Queiroz."
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