(Foto: Franklin de Freitas) |
O orçamento da
Universidade Federal do Paraná (UFPR) está chegando ao seu limite. Há dois
meses recebendo repasses menores do Ministério da Educação (MEC), fruto do
corte de 30% do
orçamento discricionário das instituições de ensino superior,
anunciado no final de abril pelo governo federal, a UFPR prevê começar a passar
dificuldades ao final de agosto, mês que também marcou o reinício das
atividades letivas no segundo semestre.
Em entrevista por telefone ao Bem Paraná, Fernando Mezzadri, pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR, revelou que, se as verbas previstas no início do ano não forem liberadas, a instituição pode acabar sendo obrigada a paralisar todas as suas atividades e a também cancelar contratos como os de limpeza, portaria e segurança, dentre tantos outros.
“Sofremos um corte de 30%, um corte de um pouco mais de R$ 48 milhões no nosso orçamento. Começamos as atividades agora, as aulas, mas não temos condição de finalizar o semestre. Começamos as aulas porque as contas estão em dia hoje, mas há dois meses o governo tem passado menos recurso para nós. A partir de agora, com esse repasse menor em julho e agosto, a partir do final do mês já teremos dificuldades orçamentárias para enfrentar o restante do ano.”
Em entrevista por telefone ao Bem Paraná, Fernando Mezzadri, pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR, revelou que, se as verbas previstas no início do ano não forem liberadas, a instituição pode acabar sendo obrigada a paralisar todas as suas atividades e a também cancelar contratos como os de limpeza, portaria e segurança, dentre tantos outros.
“Sofremos um corte de 30%, um corte de um pouco mais de R$ 48 milhões no nosso orçamento. Começamos as atividades agora, as aulas, mas não temos condição de finalizar o semestre. Começamos as aulas porque as contas estão em dia hoje, mas há dois meses o governo tem passado menos recurso para nós. A partir de agora, com esse repasse menor em julho e agosto, a partir do final do mês já teremos dificuldades orçamentárias para enfrentar o restante do ano.”
Ainda segundo Mezzadri, a instituição tem
buscado o diálogo junto ao MEC e já questionou reiteradas vezes se há previsão
de quando as verbas contingenciadas serão liberadas. “Alegam que é questão
orçamentaria, que isso é com o Ministério da Economia. Não dão previsão
nenhuma. Por enquanto estamos conseguindo manter as ações, mas a partir do
final do mês teremos bastante dificuldades”, reitera.
Questionado se haveria risco de paralisação das aulas e das pesquisas em
andamento, respondeu que há 'completo risco'. “Vamos ter de cancelar os
contratos de vigilância e limpeza, além de todos os outros contratos que temos,
como hospital veterinário, fazendas. Tem uma gama de contratos”, afirma o
pró-reitor. “Se o governo não retomar o recurso, teremos de parar todas as
atividades. Não tem como manter.”
“Cada dia que consigamos esticar nossa conta,
vai ser uma vitória”
O pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR diz não querer dar
uma data exata de quando as atividades da instituição podem ser paralisadas.
Mas deixa claro que o risco de paralisação não é algo distante.
“Não
quero dar uma data exata porque de repente conseguimos um dia a mais, dois dias
a mais, uma semana. Estamos fazendo planejamento e cada dia que consigamos
esticar nossa conta, vai ser uma vitória. Uma vitória importante, mostrando a
resistência da universidade, mas sabemos que essa data tem limite. (Pode ser)
Final do mês, início do mês que vem... Estamos atentos e preocupados com isso.”
Fonte:
Bem Paraná
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