Revelação de que o procurador Deltan Dallagnol comandou investigações
clandestinas contra ministros do STF para pressioná-los a votar de acordo com
seus interesses e contra o ex-presidente Lula, somada a sua obsessão por
dinheiro, como no caso das palestras da XP, deverá derrubá-lo; investigação
clandestina contra Dias Toffoli foi a gota d´água
247 - Ministros do
STF (Supremo Tribunal Federal) articulam o afastamento do procurador da
República Deltan Dallagnol do comando da Lava Jato, em Curitiba.
Por
pressão de membros da Suprema Corte, a procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, pode ser obrigada a tomar essa medida. Como a procuradora-geral
está em campanha para ser reconduzida ao cargo e não quer se indispor com
membros da corporação (Ministério Público Federal), o destino de Deltan na Lava
Jato teria de ser decidido pelo STF.
As informações são da
jornalista Thais Arbex da Folha de S.Paulo.
A reportagem destaca
que a decisão, segundo a articulação em curso no STF, poderá caber a Alexandre
de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news, relatado por ele.
O Supremo reage assim
energicamente à revelação de que Deltan incentivou em 2016 colegas do
Ministério Público Federal a investigar Dias Toffoli, hoje presidente do
Supremo.
De acordo com a reportagem,
os ministros criticaram duramente a atuação de Deltan, que, na avaliação deles,
passou a usar a operação Lava Jato como instrumento de intimidação.
Mensagens divulgadas pelo
site The Intercept Brasil revelaram que Deltan buscou informações sobre as
finanças pessoais de Toffoli e sua mulher, Roberta Rangel, e evidências que os
ligassem a empreiteiras envolvidas com o esquema de corrupção na Petrobras.
Dallagnol violou mais uma
vez a Constituição, a qual determina que ministros do STF não podem ser
investigados por procuradores de primeira instância, como Deltan e colegas.
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