segunda-feira, 12 de agosto de 2019

PT vai à Justiça contra Moro por armação que tenta associar o partido ao PCC


“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática,política, até a verdade prevalecer”, aponta a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)
247 – O Partido dos Trabalhadores decidiu ingressar com ações na Justiça contra a tentativa do atual ministro Sergio Moro de associar, sem provas, o partido ao PCC, o Primeiro Comando da Capital. A armação foi denunciada até por jornalistas associados à direita liberal, como Reinaldo Azevedo (saiba mais aqui). Abaixo, reportagem da Agência PT de Notícias sobre as iniciativas judiciais:
O Partido dos Trabalhadores promoverá, nesta segunda-feira (12), várias ações com o objetivo de denunciar e buscar a reparação dos danos causados pela falsa acusação coordenada pela polícia de Sérgio Moro e disseminada por Jair Bolsonaro (PSL) em suas redes e mídias de repercussão, de que estaria relacionado ao PCC.
“O que vimos essa semana foi mais uma armação grotesca das forças reacionárias para tentar criminalizar o PT. A notícia falsa, vazada pela Polícia Federal de Moro, foi cabalmente desmentida pelo promotor Lincoln Gakiya, que há mais de uma década investiga a facção criminosa: Não há indício de ligação entre PT e PCC, afirmou o promotor ao UOL. Vamos enfrentar e denunciar essa farsa armada por Moro e Bolsonaro. Criminosos são os que nos acusam, e devem responder por suas ações”, disse a presidenta nacional do Partido, Gleisi Hoffmann
A primeira medida é a apresentação de Notícia de Crime no Supremo Tribunal Federal contra Sérgio Moro e a linha de responsáveis pela investigação na Polícia Federal que divulgou a fala de um criminoso, sem nenhum indício, relacionando o partido ao PCC.
“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática, política, até a verdade prevalecer”, aponta Gleisi Hoffmann.
Moro tem de ser urgentemente afastado das funções de Ministro da Justiça, pois vem usando, sistematicamente a Polícia Federal com objetivos políticos e mentindo sobre condução dos trabalhos da força policial, sendo seu papel coibir e solicitar investigações sobre tais tipos de vazamentos e não fomentá-los. Na ação são imputados a Moro os crimes de prevaricação e abuso de autoridade.
A segunda medida será encaminhar Pedidos de Direito de Resposta ao jornal o Estado de São Paulo, Record TV e Jovem Pan para que divulguem a manifestação técnica e embasada em fatos do promotor Lincoln Gakiya do Ministério Público de São Paulo, que desmonta a fake news e confirma que o Partido jamais negociou com a facção criminosa. O papel da imprensa é apurar os fatos antes de publica-lo. Sempre se deve lembrar da máxima dos manuais de bom jornalismo.
“Quando alguém diz que lá fora chove e outro diz que faz sol, o papel do jornalista não se resume a publicar as duas informações conflitantes. O verdadeiro jornalista vai até a janela e verifica se faz sol ou chuva para publicar a verdade. Estes meios de comunicação devem, não só ao PT mas a seus milhões de telespectadores, leitores e ouvintes a divulgação do depoimento esclarecedor do promotor, em nome da verdade”, explica Gleisi.
O Partido também entrará com uma representação eleitoral contra Bolsonaro por propaganda negativa extemporânea. Ao divulgar, reiteradamente, notícias falsas e acusações infundadas contra o Partido dos Trabalhadores, o presidente incorre em crimes e comete uma série de irregularidades eleitorais, atentando contra as regras democráticas da disputa política.
Por fim, será apresentada Ação Criminal junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina contra a Deputada Estadual Ana Campanolo (PSL) por difamação ao Partido dos Trabalhadores.
“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática, política, até a verdade prevalecer”, disse a presidenta.

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