O
procurador Carlos Fernando, um dos principais e mais agressivos líderes da Lava
Jato, agora aposentado, admitiu que Jair Bolsonaro era o candidato preferido da
operação e que o PT era visto como inimigo por Moro e os procuradores. "É
evidente que, dentro da Lava Jato, dentro desses órgãos públicos, de centenas
de pessoas, existem lava-jatistas que são a favor do Bolsonaro", afirmou.
"Naturalmente, na Lava Jato, muitos entenderam que o mal menor era
Bolsonaro"
(Foto: Reuters | Alan Santos/PR) |
247 - O procurador Carlos Fernando, um dos principais e
mais agressivos líderes da Lava Jato, agora aposentado admitiu que Jair
Bolsonaro era o candidato preferido da operação. A revelação é mais uma prova
de que a Lava Jato foi uma operação político-judicial com o objetivo de
perseguir o PT e inviabilizar a candidatura de Lula e uma nova vitória do
partido em eleições presidenciais.
"Infelizmente,
no Brasil, nós vivemos um maniqueísmo, né? Então nós chegamos… Inclusive, no
sistema de dois turnos, faz com que as coisas aconteçam dessa forma. É evidente
que, dentro da Lava Jato, dentro desses órgãos públicos, de centenas de
pessoas, existem lava-jatistas que são a favor do Bolsonaro. Muito difícil seria
ser a favor de um candidato que vinha de um partido que tinha o objetivo claro
de destruir a Lava Jato. Seria muito difícil acreditar que…", afirmou ele
ao programa GloboNews
Painel. O relato foi publicado na coluna de
Reinaldo Azevedo.
"Naturalmente, na Lava Jato, muitos
entenderam que o mal menor era Bolsonaro. Eu creio que essa era uma decisão até
óbvia, pelas circunstâncias que Fernando Haddad representava justamente tudo
aquilo que nós estávamos tentando evitar, que era o fim da operação. Agora,
infelizmente, o Bolsonaro está conseguindo fazer", acrescentou o
procurador, que participou de um debate como advogado Walfrido Warde e
conduzido pela jornalista Renata Lo Prete.
A uma semana do primeiro turno, Sérgio
Moro, então juiz da Lava Jato e atual ministro da Justiça, liberou a delação
premiada de Antonio Palocci para prejudicar o PT, que tinha como candidato
Fernando Haddad.
Moro recebeu o convite da equipe de
Bolsonaro para ser ministro ainda durante a campanha eleitoral.
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