Reprodução/Câmara Municipal de Astorga |
O presidente da Câmara Municipal de Astorga, José Carlos
Paixão (PTB), e o assessor de comunicação da Casa, Fernando Gardin da Costa,
foram presos em flagrante durante a operação do Gepatria (Núcleo de Londrina do
Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à
Improbidade Administrativa) na tarde desta terça-feira (13). A operação foi
coordenada pelo promotor Renato de Lima Castro.
"O presidente da Câmara de Astorga, José Carlos Paixão
(PTB), seu assessor de comunicação, Fernando Gardin, e o vereador Mauricio
Ricardo Juliani (DEM), estavam pagando propina para que uma testemunha, chamado
delito de corrupção de testemunha (artigo 343 do Código Penal), parasse de
realizar denúncias e declarações sobre investigados e autores de fatos
delituosos, especialmente do ex-prefeito de Astorga, Arquimedes Ziroldo, e seu
filho Daniel Ziroldo", apresentou o promotor do Gepatria, Renato de Lima
Castro. A intenção dos dois detidos seria para evitar que o caso chegasse ao
conhecimento do MPPR.
Arquimedes Ziroldo
é diretor executivo do Cindepar (Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e
Desenvolvimento do Estado do Paraná), que atua em pavimentação asfáltica em
mais de cem municípios do Paraná, incluindo Londrina. Ziroldo foi prefeito
de Astorga nas gestões 2009-2012 e 2013-2016.
De
acordo com o promotor, foram presos em flagrante delito apenas o presidente da
Câmara e o assessor de comunicação. Ambos foram encaminhados à Delegacia de
Combate à Corrupção em Londrina e devem responder por corrupção de testemunha.
"O vereador Mauricio Ricardo Juliani (DEM) não estava presente no momento
da entrega do dinheiro, mas também será denunciado", ressaltou
Castro.
Segundo o MPPR, a
quantia mensal de R$ 3 mil foi oferecida à testemunha para que parasse de
realizar as denúncias.
A FOLHA tentou
localizar os advogados de defesa dos denunciados, mas não obteve sucesso até o
fechamento da reportagem.
Fonte: Folha de
Londrina
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