O que
azedou a relação de Jair Bolsonaro com o ministro Sergio Moro foi a tentativa
do ex-juiz de reverter a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal
Federal, que vetou ações do Coaf sem autorização judicial e fez cessar as
investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
247 – O prestígio do ministro Sergio Moro em Brasília já não é mais
o mesmo em Brasília, segundo aponta a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna. "O
ministro Sergio Moro, da Justiça, está em baixa no Palácio do Planalto. Uma
parte do núcleo duro do governo passou a fazer críticas a ele —em especial
depois que o ex-juiz conversou com o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo
Tribunal Federal), sobre o Coaf, (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras)", diz ela.
"Toffoli
decidiu suspender investigações do órgão feitas sem autorização judicial. A
medida beneficiou diretamente o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do
presidente Jair Bolsonaro. Moro não deu declarações. Mas manifestou a Toffoli
preocupação com a decisão, que poderia colocar em risco mecanismos de combate à
lavagem de dinheiro", afirma a jornalista.
Mônica Bergamo lembra ainda que o
presidente do Coaf, Roberto Leonel, que é ligado a Moro e deve ser demitido,
foi além e deu entrevista criticando Toffoli. "Na visão de integrantes do
governo, Moro tenta reverter a medida e mostra que é ingrato", diz a
jornalista. Segundo fontes palacianas, o próprio Bolsonaro se irritou com Moro,
pois foi solidário a ele no episódio da Vaza Jato.
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