(Foto: Felipe Gonçalves/TV 247) |
Em sua
entrevista histórica à TV 247, o ex-presidente Lula falou sobre Lava Jato, a
destruição da Amazônia, a falta de decoro de Jair Bolsonaro e o papel dos
Estados Unidos no golpe de 2016. "Não quero sair daqui com meia culpa.
Quero sair com 100% da minha inocência. Não sou pombo, coloque neles a
tornozeleira. Meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar. Ele e o
Dallagnol", afirmou
247 – A entrevista concedida pelo ex-presidente Lula aos
jornalistas Mauro Lopes, Paulo Moreira Leite e Pepe Escobar, da TV 247, foi
repleta de mensagens importantes sobre o que se passa no Brasil e no mundo.
Lula demonstrou indignação com a sua condição de preso político há mais de 500
dias, mas deixou claro que dorme tranquilo, ao contrário de seus algozes.
"O Moro tem insônia porque ele sabe que mentiu. E agora está fazendo papel
de palhaço", afirmou, antes mesmo de saber que Deltan Dallgnol,
desmoralizado pela Vaza Jato, também só tem conseguido dormir à base de
remédios.
Lula mandou um
recado direto para o Supremo Tribunal Federal, que até agora tem se mantido
acovardado diante da evidente fraude processual, já denunciada pelos maiores
juristas e intelectuais do Brasil e do mundo. "Já cansei de chamar o Moro
e o Dallagnol de mentirosos. Estou na expectativa de que alguém tenha a
dignidade de ler meu processo e julgar com base nos autos", afirmou. "Não quero sair daqui com meia culpa. Quero
sair com 100% da minha inocência. Não sou pombo, coloque neles a tornozeleira.
Meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar. Ele e o Dallagnol",
pontuou, deixando claro que busca o reconhecimento pleno da sua inocência.
Em relação à
Amazônia, Lula deixou clara a responsabilidade dos eleitores de Jair Bolsonaro.
"O
Bolsonaro fala que quem tá botando fogo na Amazônia são as ONGs. Quem tá
botando fogo é empresário eleitor dele", afirmou. "Alguém precisava
pegar o Bolsonaro pela orelha e falar: 'Escuta aqui, moleque, seja educado'.
Precisamos de paz. Um presidente não tem que pensar em outra coisa a não ser no
bem estar do seu povo", disse ainda Lula. "Essa gente tem que
entender que eles não foram eleitos pra ser donos do país. Eles foram eleitos
pra governar. Não destruam o país. Eles não podem sair entregando o Brasil.
O papel dos
Estados Unidos
Lula também avisou que seus advogados irão
pedir acesso a documentos que demonstram que ele é vítima de uma conspiração
internacional, liderada pelos Estados Unidos, que o prendeu e abriu espaço para
a destruição da democracia no Brasil e a ascensão do neofascismo. "Estamos
entrando com pedidos de FOIA (Freedom of Information Act) pedindo informações
no Departamento de Justiça dos EUA sobre a interferência norte-americana no meu
processo", afirmou.
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