Depois de
Jair Bolsonaro deixar claro que é ele quem manda na Polícia Federal, e não
Sergio Moro, auxiliares cobraram do ex-juiz uma atitude, mas ele não fará nada.
Moro avalia que, mesmo tendo perdido todas as batalhas dentro do governo,
Bolsonaro terá que ter o ônus de demiti-lo
(Foto: Marcelo Camargo - ABR) |
247 – "O ministro da Justiça, Sergio Moro , deve aguentar
calado derrotas e desautorizações públicas a que vem sendo submetido pelo
presidente Jair Bolsonaro . O chefe do Executivo terá que assumir o desgaste de
demitir o ministro mais popular da Esplanada se quiser ver Moro fora do governo
e, claro, explicar os motivos da demissão. Quem diz isso são pessoas que
convivem com o ministro", informa o jornalista Jailton de Carvalho, em reportagem publicada no Globo.
Ontem, Bolsonaro
humilhou Moro publicamente, ao deixar claro que vai interferir na Polícia
Federal e em outros órgãos de combate à corrupção. O interesse de Bolsonaro é
blindar a si e ao clã presidencial em relação ao caso Queiroz. Saiba mais
abaixo:
247 - Jair
Bolsonaro demonstrou mais uma vez que vai interferir na Polícia Federal e
ameaçou demitir o diretor-geral Maurício Valeixo, que foi indicado por Sérgio
Moro, ameaçando abrir uma nova crise que poderá resultar na saída do governo do
ex-juiz e atual ministro da Justiça. “Se eu trocar hoje, qual o problema? Se eu
trocar hoje, qual o problema? Está na lei. Eu que indico, e não o Sérgio Moro
[ministro da Justiça]. E ponto final. Qual o problema se eu trocar hoje ele? Me
responda”, disse Bolsonaro à imprensa nesta quinta-feira (22).
A declaração de Bolsonaro vem em meio aos
questionamentos acerca da troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro,
anunciada por ele neste mês.A substituição foi vista como uma tentativa de
abafar o caso Queiroz, na qual o senador Flávio Boslonaro, também está entre os
investigados. (Leia no Brasil 247)
“Agora há uma onda terrível sobre
superintendência. Onze foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um
Estado para ir para lá, “está interferindo”. Espera aí. Se eu não posso trocar
o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral. Aí é... Não se discute isso
aí”, disse.
“Se eu for trocar diretor-geral, ministro,
o que for, a gente faz na hora certa. Não pretendo trocar ninguém, por enquanto
está tudo bem no governo. Agora, quando há uma coisa errada, chamo, converso e
tento botar na linha”, emendou
Ainda segundo Bolsonaro, a decisão de
manter ou não o subordinado compete a ele.” É decisão minha, a hora que eu
achar correto. Se é para não ter interferência, o diretor anterior, que é o que
estava lá com o Temer, tinha que ser mantido. Ou a PF agora é algo
independente? A PF orgulha a todos nós, e a renovação é salutar, é saudável”,
comentou.
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