O governo
Bolsonaro foi informado oficialmente em 7 de agosto, três dias antes do
"Dia do Fogo" articulado por fazendeiros bolsonaristas do Pará, que
os incêndios iriam começar. E nada fez. O Ministério Público Federal (MPF) do
Pará enviou um ofício ao Ibama, órgão do Ministério do Meio Ambiente, alertando
para o ato criminoso, sem qualquer reação do governo. A Força Nacional de
Segurança, subordinada a Moro, também foi alertada, mas nada fez. Em sua
entrevista à TV 247, o ex-presidente Lula acusou os fazendeiros bolsonaristas
de responsáveis por incêndios que devastam a floresta amazônica há pelo menos
duas semanas, o que agora está confirmado.
(Foto: Victor Muriyama/Greenpeace | Senado | PR) |
247 - O governo Bolsonaro foi informado oficialmente em
7 de agosto, três dias antes do "Dia do Fogo" articulado por
fazendeiros bolsonaristas do Pará, que os incêndios iriam começar. E nada fez.
O Ministério Público Federal (MPF) do Pará enviou um ofício ao Ibama, órgão do
Ministério do Meio Ambiente, alertando para o ato criminoso, sem qualquer
reação do governo. A Força Nacional de Segurança, subordinada a Moro, também
foi alertada, mas nada fez. Em sua entrevista à TV 247 da última quinta-feira (22),
o ex-presidente Lula acusou os fazendeiros bolsonaristas de responsáveis por
incêndios que devastam a floresta amazônica há pelo menos duas semanas, o que agora está confirmado.
A informação sobre o aviso ao governo Bolsonaro é de Carla Aranha, jornalista da
revista Globo Rural, publicada na noite deste domingo (25). Segundo a
jornalista, "o documento do Ministério Público que alertou o governo sobre
o dia do fogo, ao qual a revista Globo Rural teve acesso, também cobrava um
plano de contingência do Ibama em caso de 'confirmação do referido evento'. O
plano de realizar as queimadas, agendado para o dia 10, foi divulgado pelo
jornal Folha do Progresso, de Novo Progresso".
Mas nada foi
feito. A resposta do Ibama, órgão vinculado ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, defensor da devastação da Amazônia, aconteceu apenas cinco dias depois,
no dia 12, quando o fogo já havia sido ateado à floresta. A resposta do Ibama
ao MPF, afirmava que "a Coordenação de Operações de Fiscalização e o
Núcleo de Inteligência da Superintendência do Pará haviam sido comunicadas
sobre a iminência dos incidentes e ressalta que devido aos diversos ataques
sofridos e à ausência do apoio da Polícia Militar do Pará” as ações de
fiscalização estavam prejudicadas por “envolverem riscos relacionados à
segurança das equipes em campo”. Ou seja, nada foi feito.
O Ibama afirmou no mesmo documento que já
haviam sido “expedidos ofícios solicitando o apoio da Força Nacional de
Segurança”. No entanto, segundo o próprio Ibama, não houve resposta ao pedido.
Nem Ricardo Salles nem Moro adotaram
qualquer ação contra os incêndios.
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