Ministro
Gilmar Mendes reagiu duramente à divulgação, pelo The Intercept e El País, de
que Deltan Dallagnol, Roberson Pozzobon e demais procuradores da Lava Jato
planejaram investigação ilegal contra ele na Suíça; "Eu não me espantaria
se não tivessem tentado forjar alguma cartáo de crédito internacional em meu
nome. Eles estão no mesmo patamar dos criminosos que dizem investigar",
disse Gilmar ao jornalista Ricardo Noblat
247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal,
reagiu duramente à divulgação, feita nesta nesta terça-feira, 6, pelo The
Intercept e El País, de que procuradores da Lava Jato planejaram investigação
ilegal contra ele na Suíça.
Em declaração ao
jornalista Ricardo Noblat, Gilmar comparou Deltan Dallagnol e demais
procuradores da força tarefa de Curitiba a "bandidos que dizem
investigar".
"Eu não me espantaria se não tivessem
tentado forjar alguma cartáo de crédito internacional em meu nome. Eles estão
no mesmo patamar dos criminosos que dizem investigar", disse Gilmar
Mendes.
De acordo com a reportagem do Intercept e
El País a partir de mensagens de um grupo do Telegram, liderados por Deltan
Dallagnol, coordenador da força-tarefa, procuradores e assistentes fizeram um
esforço de coleta de dados e informações sobre o ministro Gilmar Mendes, com o
objetivo de pedir sua suspeição e até seu impeachment.
Os procuradores suspeitavam que Gilmar
Mendes, por ter concedido dois habeas
corpusem favor do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto,
operador de propinas do PSDB, aparecesse como beneficiário de contas e cartões
que Preto mantinha na Suíça, um material que já estava sob escrutínio dos
investigadores do país europeu.
“Vai que tem um para o Gilmar…hehehe”, diz
o procurador Roberson Pozzobon no grupo, em referência aos cartões do
investigado ligado aos tucanos. A possibilidade de apurar dados a respeito de
um ministro do Supremo sem quereré
tratada com ironia. “vc estara investigando ministro do supremo, robinho.. nao
pode”, responde o procurador Athayde Ribeiro da Costa. “Ahhhaha”, escreve
Pozzobon. “Não que estejamos procurando”, ironiza ele. “Mas vaaaai que”.
Dallagnol então reforça, na sequência, que
o pedido à Suíça deveria ter um enfoque mais específico: “hummm acho que vale
falar com os suíços sobre estratégia e eventualmente aditar pra pedir esse
cartão em específico e outros vinculados à mesma conta”, escreve. “Talvez vejam
lá como algo separado da conta e por isso não veio" (...) "Afinal diz
respeito a OUTRA pessoa” (leia mais no Brasil 247).
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