O
ministro Gilmar Mendes afirmou na noite desta terça-feira que "já se pode
fazer perícia" no STF das mensagens trocadas entre os protagonistas da
Lava Jato, em especial Deltan Dallagnol e Sérgio Moro; Gilmar referiu-se aos
membros da Lava Jato como "delinquentes" e disse crer que todas as mensagens
divulgadas pela Vaza Jato são autênticas
247 - O ministro
Gilmar Mendes afirmou na noite desta terça-feira (6) que "já se pode fazer
perícia" no STF das mensagens trocadas entre os protagonistas da Lava
Jato, em especial Deltan Dallagnol e Sérgio Moro; Gilmar refereiu-se aos
membros da Lava Jato como "delinquentes" e disse crer que todas as
mensagens divulgadas pela Vaza Jato são autênticas.
O ministro do Supremo conversou com o
jornalista Josias de
Souza. Já há, segundo Gilmar, na Corte duas cópias do material da
Vaza Jato no STF. A primeira cópia foi solicitada à Justiça Federal pelo
ministro Luiz Fux a pedido do PDT, que recorreu ao Supremo para afastar o risco
de destruição das mensagens. A segunda foi requerida pelo ministro Alexandre de
Moraes, relator de inquérito secreto aberto no Supremo em março, a para apurar
ataques à Corte e aos seus membros. Segundo Gilmar, Ricardo Lewandowski deve
requisitar outra cópia, para anexar em processo que está sob sua relatoria.
Gilmar acredita
que todas as mensagens divulgadas até agora são autênticas, o que poderá ser
atestado em definitivo pela perícia. Entre as mensagens já divulgadas há um
áudio de Deltan. "'Se tiver mensagem sonora, eles podem até se submeter a
um teste de voz. É uma grande chance para desmentir, para dizer que não são
eles', ironizou o magistrado". segundo Josias de Souza.
Gilmar afirmou que as investigações
decorrentes da trama ilegal entre os membros da Lava Jato são ilegais: "De
fato, é evidente que o juiz [Moro] estava combinando com o procurador [Deltan].
Eles estavam atuando como juiz e bandeirinha. Isso é evidente. Basta olhar".
Para ele, "do ponto de vista processual, o Moro era o chefe da Operação.
Era isso" -o que é uma ilegalidade grave, pois como magistrado, Moro
jamais poderia ter comandado a Lava Jato.
Gilmar reiterou que, "em
princípio", a Segunda Turma do Supremo "pode discutir sobre o uso
dessas mensagens de origem ilícita no julgamento do caso de Lula", e
confirmou que os ministros irão julgar em breve a suspeição de Moro no
julgamento do caso do tríplex.
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