Em
conversas privadas com outros procuradores, o chefe da Lava Jato em Curitiba,
Deltan Dallagnol, fez críticas ácidas ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, que criticou as "10 medidas contra a corrupção".
Segundo Deltan, que pretendia derrubar o ministro, Gilmar seria um "brocha
institucional"
247 – "Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em
Curitiba viram o resultado do primeiro turno da eleição de 2018, que marcou
expressiva renovação do Senado, como uma oportunidade para tentar articular o
impeachment do ministro Gilmar Mendes, do STF", aponta a nova reportagem do Uol, em
parceria com o Intercept, assinada pelos jonralistas Gabriel Sabóia, Igor
Mello, Silvia Ribeiro e Paula Bianchi. "Como forma de desgastar Gilmar,
também foi cogitado negociar com senadores a convocação do ministro, para que
levasse um 'puxão de orelha' público dos parlamentares", aponta o texto.
O chefe da Lava
Jato, Deltan Dallagnol, também chegou a fazer críticas ácidas ao ministro
Gilmar, nos grupos de procuradores. Em 10 de junho do ano passado, numa
entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Gilmar afirmava que no
projeto das "10 medidas contra a corrupção", apadrinhado por
Dallagnol, havia iniciativas "completamente nazifascistas". E
emendava: "É coisa de tarado institucional".
"No chat Filhos do Januário 2, Deltan
rebateu aos colegas às 12h59: Vou responder dizendo que Gilmar é um brocha
institucional", aponta a reportagem do Uol. Nos debates entre os
procuradores, eles passaram a debater o impeachment de Gilmar – medida que foi
endossada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), aliado da Lava Jato.
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