Em novo
capítulo, a Vaza Jato revela que a força-tarefa pedia dados fiscais sigilosos
por meio de aplicativo de mensagens, sem autorização judicial, ao auditor
fiscal Roberto Leonel, que chefiava a área de inteligência da Receita em
Curitiba; questionado por seu superior, Leonel mente: "Ele quis saber pq
fiz etc e se tinha passado está inf a vcs ... Disse q NUNCA passei pois não tem
origem ilícita suspeita!!! Por favor delete este assunto por enquanto."
247 - Em novo capítulo publicado neste domingo 18 pelo site The
Intercept, em parceria com a Folha de S.Paulo, a Vaza Jato revela que a
força-tarefa da Operação Lava Jato pedia dados fiscais sigilosos da Receita
Federal por meio de aplicativo de mensagens, sem autorização judicial.
Os pedidos eram
feitos ao então auditor fiscal Roberto Leonel, que chefiava a área de
inteligência da Receita em Curitiba. Hoje ele é chefe do Coaf, colocado no
cargo por Sergio Moro, ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
"A relação entre Leonel e a
força-tarefa era tão próxima que eles pediram para o auditor informações
sigilosas de contribuintes até mesmo para verificar hipóteses sem indícios
mínimos. A Lava Jato, como o Intercept mostrou em parceria com o El País, já se
movimentou contra seus inimigos declarados motivada apenas por boatos",
diz trecho da reportagem.
Em uma das mensagens enviadas ao chefe da
força-tarefa, Deltan Dallagnol, Leonel revela ter sido questionado por seu
superior sobre o repasse de informações sigilosas. "Ele quis saber pq fiz
etc e se tinha passado está inf a vcs ... Disse q NUNCA passei pois não tem
origem ilícita suspeita!!! Por favor delete este assunto por enquanto",
escreve.
Leonel se referia a Gerson Schaan, de quem
conta ter recebido "mais bronca" naquela ocasião. Os dados sigilosos
eram dos pais do ex-deputado do PMDB Rodrigo Rocha Loures (o 'deputado da mala,
aliado de Michel Temer'), e de sua ex-mulher, que acabara de declarar uma conta
milionária na Suíça.
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