O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que não há "nenhum indício forte" de que o cacique do povo waiapi morto no Amapá na semana passada tenha sido assassinado |
O
presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira, 15, em uma transmissão ao
vivo nas redes sociais, que na próxima segunda-feira vai revelar quem comprou
jatinhos com recursos do BNDES, ao abrir a “caixa-preta” da instituição.
Segundo ele, o anúncio vai expor “gente que está dizendo que estamos no último
capítulo do fracasso”.
Bolsonaro não
citou nomes. A declaração, no entanto, foi uma referência indireta à fala do
empresário e apresentador Luciano Huck, que, anteontem, durante um evento em
Vila Velha, no Espírito Santo, criticou o governo federal ao participar do
debate “Futuro do Brasil”, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.
“A
gente precisa de gente nova na política, com todo respeito a esse governo. Esse
governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a gente está
vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, estamos vivendo o último
capítulo do que não deu certo”, afirmou Huck na ocasião.
Na
transmissão de ontem, Bolsonaro disse que pretende “mostrar a primeira parte da
caixa-preta do BNDES”. Essa era uma bandeiras da campanha do presidente, que,
em junho, demitiu o então presidente do banco estatal, Joaquim Levy. Uma das
justificativas foi a de que Levy não se esforçou para abrir a “caixa-preta” do
banco.
Para
bolsonaristas, o banco estatal, que emprestou bilhões para a Venezuela, Cuba e
empreiteiras, precisa quitar o quanto antes sua conta com a União. Ainda na
“live”, Bolsonaro declarou que o governo vai mostrar casos sobre o banco de pessoas
que não tinham como se beneficiar desses recursos por não serem “amigos do
rei”.
Em
fevereiro do ano passado, quando Huck ainda era cotado como presidenciável, o
jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual o empresário usou,
em 2013, um empréstimo de R$ 17,7 milhões do programa Finame do BNDES para
comprar um jatinho particular da Embraer. À época, Huck disse, via assessoria,
que “o Finame é um programa do BNDES de incentivo à indústria nacional, por
isso financia os aviões da Embraer” e que usava o avião duas vezes por semana
para gravar seu programa de TV.
No
debate em Vila Velha, Huck, além de dissociar o governo Bolsonaro da “renovação
política”, reforçou um discurso centrado na prioridade da educação de qualidade
e no combate à pobreza – desafios do País que, segundo ele, devem ser
enfrentados por sua “geração”.
Atualmente,
o plano de uma candidatura é tratado com discrição pelos apoiadores do
apresentador. A avaliação é de que ainda não é o momento de Huck se mostrar
como um futuro nome para a disputa ao Planalto. O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), já afirmou que seria “natural” um apoio a Huck em 2022.
Fonte:
IstoÉ
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