"Vou
mudar o superintendente da Polícia Federal no Rio", anunciou o presidente,
atropelando a autonomia da instituição, que fica sob a jurisdição do Ministério
da Justiça, de Sergio Moro; segundo reportagem da Folha, a troca já vinha sendo
articulada pela cúpula da corporação para as próximas semanas e o anúncio de
Bolsonaro causou desconforto
247 - Em mais uma demonstração de que não tem qualquer
apreço às instituições, o presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta
quinta-feira 15 que irá trocar o superintendente da Polícia Federal do Rio de
Janeiro, atropelando a autonomia da instituição. A PF fica sob a jurisdição do
Ministério da Justiça, de Sergio Moro.
O atual chefe, Ricardo Saadi, será substituído por Carlos
Henrique Oliveira, nome escolhido pelo diretor-geral da Polícia Federal,
Maurício Valeixo. Bolsonaro usou como justificativa ‘questões de produtividade’
e ‘um sentimento’ para tirar Saadi do comando.
Em nota de repúdio
às declarações de Bolsonaro sobre a exoneração, o Sindicato dos Delegados de
Polícia Federal em São Paulo afirma que chefe do Executivo é 'desrespeitoso'
com a corporação. “A Polícia Federal é uma instituição de Estado e deve ter
autonomia para se manter independente e livre de quaisquer ingerências
políticas”, diz o texto.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o
anúncio de Bolsonaro causou desconforto na corporação, uma vez que a troca já
vinha sendo articulada pela cúpula, mas para as próximas semanas. O anúncio deu
a entender, ainda, que a ideia foi de Bolsonaro, mas integrantes da PF
asseguram que não houve interferência para a decisão.
O movimento de Bolsonaro indica intenção
sua de interferir no caso Fabrício Queiroz, pivô da investigação que envolve o
filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). O caso não está com a
PF, mas outras investigações podem envolver os mesmos personagens.
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